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Governo Dilma

PDT se reúne para avaliar o caso Lupi

Paulo Pereira: deputado defendeu Lupi | Antonio Cruz/ABr
Paulo Pereira: deputado defendeu Lupi (Foto: Antonio Cruz/ABr)

A Executiva Nacional do PDT se reúne hoje, ao meio-dia, na sede do partido em Brasília, para avaliar as denúncias contra o ministro do Trabalho e presidente licenciado da sigla, Carlos Lupi. A reunião, que contará com as bancadas dos deputados e senadores da sigla, foi convocada pelo próprio ministro, que é alvo de denúncias de corrupção envolvendo convênios do ministério com organizações não governamentais (ONGs).

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, afirmou ontem que confia no ministro e que ele agiu corretamente, porque acionou a Polícia Federal para investigar as denúncias de irregularidades na pasta. No entanto, as bancadas do PDT na Câmara e no Senado se dividem quanto às acusações sobre Lupi, sendo que alguns defendem o aprofundamento das investigações, com o acionamento, também, do Ministério Público Federal.

Lupi manifestou ontem o desejo de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff para esclarecer, pessoalmente, as denúncias de que assessores do ministério teriam cobrado propina de 5% a 15% de propina de ONGs contratadas pela pasta para capacitar trabalhadores. O ministro nega as acusações e diz que as irregularidades foram reveladas pelo próprio ministério. Lupi credita as denúncias a desafetos e afirma que não deixará o cargo.

Cinco centrais sindicais divulgaram ontem um manifesto de solidariedade a Lupi. Para as entidades, o ministro está sendo vítima "de uma sórdida e explícita campanha difamatória e de uma implacável perseguição política, que visa a desestabilização do governo e o linchamento público do titular da pasta". O manifesto é assinado pelos presidentes da Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB).

Comissão de Ética

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu ontem pedir ao ministro do Trabalho esclarecimentos sobre as denúncias de que assessores dele atuam em um suposto esquema de extorsão de dinheiro para liberação de recursos ONGs. Lupi tem dez dias para prestar os esclarecimentos solicitados.

Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, trata-se de um procedimento preliminar, que servirá de base para análise da conjuntura.

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