A queda de braço travada entre os governistas atuais e os que vão assumir essa condição em 2011 impediu que o projeto que regulamenta a Defensoria Pública fosse apreciado ontem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná. O futuro líder do governo Beto Richa na Casa, Ademar Traiano (PSDB), pediu vista, e disse que vai se valer do regimento para evitar a votação de atos que elevem os gastos públicos no ano que vem.
O assunto deve voltar à pauta na próxima terça-feira, e a base aliada do governador Orlando Pessuti (PMDB) promete reagir. Segundo o líder do governo na Assembleia, Caíto Quintana (PMDB), a base aliada vai fazer valer a maioria de que ainda dispõe na Casa para que o projeto seja aprovado. No mesmo dia, pela manhã, será realizada uma audiência pública sobre o tema, a partir das 9 horas.
Disputa
Traiano alega que o governador eleito é favorável à criação da Defensoria, mas afirma que a mensagem encaminhada à Assembleia não prevê todos os recursos necessários para o órgão. Ele argumenta que o gasto real seria o dobro dos cerca de R$ 28 milhões previstos por Pessuti.
O deputado Tadeu Veneri (PT), relator do projeto da Defensoria na CCJ, argumentou que o governo sanou as dúvidas que pairavam sobre a regulamentação do órgão, mas isso não foi suficiente para convencer Traiano. "É uma guerra de botox. Estão brigando para ver quem é que vai assinar a lei", afirmou Veneri.
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