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Brasília - Depois do presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), cobrar do presidente Luiz Iná­­cio Lula da Silva uma definição sobre a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rous­­seff, à Presidência da República em 2010, integrantes da cúpula da legenda desautorizaram Temer a negociar em nome do partido uma aliança com o PT.

Rachados, os peemedebistas favoráveis à candidatura do go­­vernador José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto querem adiar o fechamento da aliança para a eleição de 2010. O grupo defende que o partido decida o seu apoio somente na convenção do PMDB, prevista para o primeiro semestre do ano que vem.

Aliado de Serra, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB-SP) se reuniu com Temer ontem para pedir que ele não se precipite na busca de uma aliança formal do PMDB com Dilma.

Temer, cotado como vice de uma possível chapa de Dilma, havia pedido ao presidente Lula uma definição sobre a aliança até 15 de outubro.

"É muito importante saber que isso só vai ser decidido na convenção do partido, que é quem tem autoridade, soberania, para discutir essa questão. Vamos continuar o diálogo a partir de hoje. Não havia diálogo", disse Quércia.

Apesar de deixar o encontro afirmando que estendeu a "bandeira branca" para Temer, Quércia deixou claro que a ala serrista não vai aceitar a formalização do embarque do PMDB na candidatura Dilma.

Na conversa, Temer se comprometeu a realizar outras reuniões para definir os rumos do PMDB na disputa ao Palácio do Planalto em 2010. Sob pressão do PMDB, o presidente Lula se comprometeu a convocar uma reunião com o PT entre os dias 2 e 6 do mês que vem, na volta de sua viagem ao exterior, para a construção da­­quilo que os peemedebistas chamam de "relação proveitosa" nos estados – ou seja, en­­quadrar petistas onde há mais hostilidade ao PMDB, como no Pará e Bahia.

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