
Integrantes de uma ala do PMDB de Curitiba se reuniram ontem com o prefeito Luciano Ducci (PSB) para discutir a possibilidade de apoiá-lo na eleição deste ano. Segundo o secretário-geral do PMDB na cidade e defensor da aliança, Doático Santos, a conversa foi sobre pontos programáticos convergentes entre os dois partidos. Doático disse ainda que o grupo pró-Ducci já conta com cerca de 60 votos de um total de 110 convencionais da legenda o que seria suficiente para selar a aliança com Ducci e descartar a candidatura do ex-prefeito Rafael Greca, que é apoiado pelo senador Roberto Requião (PMDB).
A reunião expõe ainda mais o racha no PMDB curitibano. Para o secretário estadual do Trabalho, Luiz Cláudio Romanelli, a rejeição de Greca dentro do partido torna sua candidatura inviável. "Greca corresponde à mesma ponta do chicote que nos açoitou. É um ícone do lernismo", diz o peemedebista.
Romanelli afirma também que a imposição da candidatura de Greca por Requião forçou a divisão interna, e que já é inevitável que o apoio dos filiados se dissipe entre diversas candidaturas. Além das correntes favoráveis a Greca e Ducci, os pré-candidatos Gustavo Fruet (PDT) e Ratinho Jr. (PSC) também contam com apoiadores dentro do partido.
Greca rebate as acusações de desagregar o partido e rejeita a conta feita por Doático. "Desagregar é fazer tudo por dinheiro", afirma. O ex-prefeito diz que deve manter sua pré-candidatura com "serenidade de quem vai vencer", e descarta movimentos contra sua candidatura no partido. "Não há movimento contra a minha candidatura. Valdir Raupp, Michel Temer, Waldyr Pugliesi, Roberto Requião e a maioria dos convencionais estão comigo", afirma ele.



