Os médicos peritos do INSS de todo o país devem fazer uma paralisação de advertência por dois dias, a partir desta quinta-feira (31), segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência (ANMP). A categoria pede mais segurança nos postos de atendimento da Previdência.
Segundo o presidente da ANMP, Luiz Carlos Teive, a decisão foi tomada após a morte do médico José Rodrigues de Souza, em Patrocínio (MG), na terça-feira (29). Um homem foi preso. Segundo a polícia, o suspeito disse que sofria de depressão e alcoolismo e que há quase cinco anos tenta conseguir benefício do INSS. Na perícia, ele não foi considerado apto para receber a aposentadoria e ficou revoltado.
A assessoria da ANMP informou que a paralisação deve atingir agências de todo o país. A entidade informa que, em Minas Gerais, os 280 médicos do INSS realizam cerca de 3,5 mil perícias por dia. No Brasil, existem 4,8 mil médicos, que realizam 34 mil perícias por dia. Pedido antigo
Teive disse que após o assassinato de outra perita, morta em frente a sua casa em Governador Valadares (MG), há menos de um ano, foram feitas várias reivindicações por mais segurança ao Ministério da Previdência Social, mas os pedidos não foram atendidos. O ministro da Previdência, Luiz Marinho, esteve em Patrocínio para prestar solidariedade à família do médico assassinado e anunciou medidas de segurança para as agências do INSS. Os 1.400 postos de atendimento do país podem ganhar alarmes de emergência e detectores de metal nas portas de entrada. A estimativa é que sejam gastos R$ 30 milhões na segurança das agências.



