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Embora o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), avalie que a base governista irá votar o novo salário mínimo sem questionar a proposta do governo de R$ 545, dentro do próprio PT o valor final da remuneração ainda não é consenso. O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou que a questão ainda não foi discutida pelo partido e reclamou da falta de informação sobre as negociações.

"A bancada precisa ter informação [do governo] para discutir o salário mínimo. Quais são os limites da discussão? Não tem limites? O que está sendo dito para os outros partidos em relação ao mínimo? Isso nós precisamos saber", afirmou Chinaglia.

Na tarde desta segunda-feira (7), integrantes da bancada petista na Câmara se reuniram em Brasília para um seminário do partido. A questão do mínimo deve ser discutida no segundo dia do seminário, nesta terça.

O deputado avaliou ainda que uma parcela da bancada petista não está satisfeita com a posição do governo, anunciada pelo líder Vaccarezza, de que o Planalto não abrirá espaço para discussão do valor de R$ 545. "A parte dos deputados sindicalistas está descontente e vai querer debater, naturalmente."

Chinaglia faz parte de uma ala do PT que defende uma discussão profunda da questão do salário mínimo dentro da bancada petista.

Outra interessada em discutir o mínimo, a deputada Luci Choinack (PT-SC) diz que o PT vai adotar, ao final do seminário, uma posição institucional da bancada sobre o mínimo.

Ela disse que defenderá a inclusão de um compromisso mais sólido do Planalto em relação à política de valorização do salário ao longo dos anos. "Vamos tirar uma posição da bancada sobre o mínimo. Isso é o que vai ser debatido, mas vou defender e votar para incluir um compromisso sólido com a recuperação do salário ao longo dos anos", disse Luci.

Sem discussão

Um dos últimos a chegar ao seminário, Vaccarezza reafirmou a posição do Planalto de não abrir negociação sobre o valor do mínimo e disse que a bancada petista não vai questionar a proposta do governo da presidente Dilma Rousseff. "Está todo mundo unido. Não vai ter discussão."

Vaccarezza foi até a casa do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), no fim da tarde desta segunda para debater as prioridades da semana na Casa. Ele não disse se o salário mínimo estaria na pauta da conversa.

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