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Caso Francenildo

PF aponta Palocci como mandante da quebra de sigilo

A Polícia Federal apontou o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci como mandante da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, segundo relatório parcial do inquérito que a agência Reuters teve acesso por meio de uma fonte ligada às investigações. No documento, que será enviado à Justiça nesta quarta-feira, são apontados como co-autores do crime o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de Palocci no ministério.

O ex-ministro já tinha sido indiciado por quebra de sigilo bancário e funcional e será incriminado ainda por prevaricação e denunciação caluniosa. Se condenado, Palocci pode pegar até dez anos de reclusão. Também já foram indiciados por quebra de sigilo o ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso e o jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa de Palocci.

O documento possui 61 páginas, sete volumes e contém depoimentos de 31 pessoas. A partir do relatório em que pede mais 30 dias para a apuração, o delegado espera que a juíza Maria de Fátima de Paula Pessoa, da 10ª Vara Federal, decida sobre a continuidade das investigações. Nesse período, a PF espera ainda concluir outras ações com a análise da quebra de sigilo telefônico de Marcelo Netto, já pedida à Justiça, e a perícia do computador portátil usado na violação.

Até agora, a PF não encontrou nada de comprometedor na conta do caseiro, que entrou na Justiça pedindo indenização de R$ 21,7 milhões pela violação de sigilo . Mas não conseguiu comprovar a origem dos R$ 25 mil, que ele diz ter recebido do pai biológico, o empresário Eurípedes Soares. Semana passada, a juíza rejeitou pedido do Ministério Público de suspender esta parte da investigação. Em depoimento ao MP, Soares disse que deu o dinheiro para que Francenildo desistisse de uma ação para reconhecimento de paternidade. Ele disse que pegou dinheiro emprestado do amigo Antônio Alves Filho para fazer parte do pagamento.

Para a PF, o caso está quase esclarecido. O delegado Rodrigo Carneiro Gomes sustentará que Palocci soube dos rumores sobre a movimentação financeira atípica de Francenildo e acionou, no dia 16 de março, Jorge Mattoso para vasculhar a conta do caseiro na Caixa.

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