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A Polícia Federal (PF) informou que os agentes do Departamento de Inteligência já começaram a tomar os depoimentos dos presos na Operação Hurricane. Segundo a PF, três equipes de policiais que participaram da investigação do esquema de exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influência e receptação ficarão responsáveis por ouvir os envolvidos. A PF não confirmou, no entanto, quem está prestando depoimento, mas ressaltou que não há previsão para o término. Os presos devem continuar falando neste domingo (15).

A PF fez buscas e apreensões nas casas dos suspeitos e, segundo o "Jornal Hoje", fontes da PF revelam que o valor passa de R$ 10 milhões.

Antes de serem trazidos para Brasília, dois detentos foram ouvidos pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde outra equipe de policiais está, neste sábado (14), catalogando o material apreendido durante a operação. Os documentos recolhidos serão transportados neste domingo para Brasília no mesmo jato da Embraer que levou os presos para a capital federal.

Cuidados médicos

A PF informou ainda que todos os presos passaram por uma bateria de exames no Rio de Janeiro, inclusive eletrocardiograma, antes de embarcarem para Brasília, para que fosse comprovado o estado de saúde. Além disso, uma equipe médica está à disposição dos presos na Superintendência da Polícia Federal para qualquer eventualidade.

Os advogados de Aniz Abraão David, o Anísio, presidente de honra da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, e do contraventor Antônio Petrus Kalil, o Turcão, disseram, pela manhã, que seus clientes necessitavam de cuidados médicos.

"Ele precisa de cuidados especiais. Eu não sei qual é o estado de saúde dele agora, mas sei que ele é cardíaco, safenado e tem 83 anos. Ele vai precisar de um médico para prescrever pelo menos um calmante", disse a advogada Concita Ayres, que defende Turcão.

Demora

Antes da confirmação do início dos depoimentos pela PF, os advogados reclamaram da demora em ouvir os presos. Os envolvidos no esquema de exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influência e receptação chegaram a Brasília às 6h30 deste sábado.

Leonardo Yarochenski, responsável pela defesa do ex-presidente da Associação de Bingos do Estado do Rio de Janeiro José Renato Ferreira e do advogado Jaime Garcia Dias, deixou a superintendência reclamando do atraso.

"Não há nenhuma autoridade policial presente para colher os depoimentos", disse.

Outro a fazer queixas foi o advogado Raul Ornélas, que atende os delegados da Polícia Federal Luiz Paulo Dias de Mattos e Susie Pinheiro Dias de Mattos. "Faltam as autoridades para conduzir os depoimentos e, por isso, estamos aguardando até agora".

A Polícia Federal, contudo, nega que os depoimentos tenham começado com atraso. Segundo a PF, a previsão inicial era de que os presos começariam a ser ouvidos na tarde deste sábado (14). Desde o início da manhã, vários advogados disseram que a Polícia Federal havia informado que os depoimentos começariam a partir das 14h.

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