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PF cumpre dois mandados de prisão no Rio e em São Paulo

Foram presos Dario Galvão, um dos sócios do Grupo Galvão e Guilherme Esteves, apontado como um dos operadores do esquema

Os dois presos serão levados à sede da Polícia Federal, em Curitiba. | Arquivo/Marcelo Elias /Agência de Notícias Gazeta do Povo
Os dois presos serão levados à sede da Polícia Federal, em Curitiba. (Foto: Arquivo/Marcelo Elias /Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Policiais federais cumprem nesta sexta-feira (27) mais dois mandados de prisão preventiva relativos à investigação da Operação Lava Jato. Um está sendo cumprido no Rio de Janeiro. Em São Paulo, os policiais cumprem um mandado de prisão e um de busca e apreensão.

Os presos serão levados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ficarão à disposição da Justiça Federal. Eles devem chegar à PF na tarde desta sexta-feira. Ao todos, dez policiais participaram da ação.

Foram detidos Dario de Queiroz Galvão Filho, um dos acionistas do Grupo Galvão; e Guilherme Esteves, apontado como um dos operadores dos desvios.

O diretor-presidente e membro do conselho de administração do Grupo Galvão foi preso em sua casa, em São Paulo, na qual a PF também cumpriu mandado de busca e apreensão. Ele é o segundo executivo do grupo a ir para a prisão na Lava Jato. Já está preso desde novembro Erton Fonseca, diretor-presidente da Galvão Engenharia, uma das empresas do Grupo Galvão.

O motivo da prisão, de acordo com o despacho do juiz federal Sérgio Moro, foi a confirmação por meio de depoimentos de testemunhas e novos documentos de que Dario de Queiroz Galvão Filho seria o mandante e principal responsável pelos crimes praticados no âmbito da empresa Galvão Engenharia no esquema. “A medida se justifica diante dos indícios supervenientes de que era Dario Galvão, como mandante, o principal responsável pelos crimes no âmbito da Galvão Engenharia”, diz um trecho do despacho.

De acordo com Moro, surgiram evidências de que Dario Galvão teria maior responsabilidade no esquema que o executivo Erton Fonseca, preso desde novembro do ano passado. Moro também justifica a prisão preventiva como foram de evitar que Dario Galvão tente ocultar provas. “O apelo à ordem pública, para prevenir novos crimes de lavagem, para prevenir que o produto do crime seja cada vez mais ocultado pelo investigado ou ainda em decorrência de gravidade em concreta dos crimes praticados, justifica a preventiva”, avalia o juiz.

A Galvão engenharia é uma das 16 empreiteiras alvo da investigação sobre propinas, corrupção e carteirização na Petrobras.

Na última quarta-feira, 25, a Galvão protocolou no Rio de Janeiro pedido de recuperação judicial, alegando dificuldades financeiras por causa de inadimplência, inclusive da Petrobras.

Nos últimos dias, dois empreiteiros fizeram revelações à força tarefa da Lava Jato, acerca do envolvimento de outros empresários. Um deles é Gerson Almada, da Engevix Engenharia. O outro é o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia.

Dario Galvão é alvo de ordem de prisão preventiva.

Operador

A PF também prendeu na manhã desta sexta, Guilherme Esteves, apontado como operador do esquema que distribuía propinas a dirigentes da Petrobras e políticos em troca de contratos da petroleira estatal. Ele operava o esquema junto ao estaleiro Jurong, no Espírito Santo.

O mandato foi cumprido no Rio de Janeiro. Ele já estava envolvido na nona fase da operação, quando foi avo de um mandado de condução coercitiva.

O motivo da prisão, de acordo com o despacho do juiz federal Sérgio Moro, foi a tentativa de Esteves de oculpar provas dos investigadores. De acordo com o relato da PF, quando os policiais chegaram na casa do operador para cumprir um mandado de busca e apreensão durante a nona fase da Lava Jato, a esposa dele saiu pelos fundos com um pacote nas mãos.

“Enquanto a Polícia Federal aguardava para ingressar na residência de Guilherme, já que supostamente estariam recolhendo, para tanto, os cachorros, a esposa deste, Lilia Loureiro Esteves de Jesus deixou o local pelas portas dos fundos com um grande pacote em suas mãos”, diz o despacho. “Ficou claro, portanto, que houve evidente intenção de sonegar provas que poderiam ser apreendidas no curso da execução do mandado de busca e apreensão em união de desígnios do casa”, concluiu o juiz.

Ainda segundo o despacho, no dia seguinte, Esteves tentou sacar R$ 300 mil em sua conta no banco HSBC, no Rio de Janeiro.

Ainda hoje, serão ouvidas outras oito testemunhas relacionadas às empresas envolvidas no esquema de corrupção.

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