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A Polícia Federal fechou o cerco sobre dois suspeitos do assassinato do agente Wilton Tapajós Macedo, executado com dois tiros na cabeça, à queima roupa, quando visitava o túmulo dos pais, terça-feira (17), no cemitério de Brasília. A justiça já expediu os mandados de prisão, mas as identidades não foram divulgadas para não alertar os alvos. Fontes policiais informaram que a captura dos criminosos está muito próxima. As causas do assassinato ainda não estão claras.

A principal linha de investigação aponta para execução por motivo de vingança ou queima de arquivo. Os autores demonstraram frieza e profissionalismo e sabiam da rotina da vítima. Policial de ponta, Tapajós participou ativamente da Operação Monte Carlo, que desmantelou a organização criminosa comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, mas também integrou ações de alto risco no combate a quadrilhas de narcotraficantes e pedófilos, por exemplo. Também não estão descartadas motivações pessoais ou acerto de contas.

Em clima de indignação, o corpo do agente foi sepultado nesta quinta-feira no mesmo local onde tombou, junto ao túmulo dos pais. Mais de 500 pessoas acompanharam o cortejo, entre as quais centenas de policiais trajando uniforme, seguidos por viaturas com sirenes ligadas. O agente sentia-se ameaçado e recentemente registrou queixa na Corregedoria da PF, segundo informou a superintendente regional do órgão, delegada Silvana Borges.

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, que também é delegado federal, confirmou que a polícia já está na pista de dois suspeitos do homicídio. Ele disse que equipes especiais das Polícias Federal e Civil formaram uma força tarefa, com a participação de peritos, para esclarecer as circunstâncias do crime e prender os assassinos. As equipes vasculharam fazendas e endereços no entorno do DF e demarcaram os locais mais prováveis onde eles podem estar escondidos.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do DF, Jones Borges Leal, denunciou que os policiais federais estão submetidos hoje a total falta de segurança no trabalho. Ele teme que outros agentes sofram atentados no exercício da profissão. Mas disse não ter elementos que confirmem se o assassinato de Tapajós está ou não vinculado à Operação Monte Carlo. "Quando um policial sofre ameaça, ele é apenas transferido, como se isso resolvesse a questão da insegurança", afirmou.

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