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João Gomide, pai da jornalista Sandra Gomide, afirmou em seu depoimento ao juiz Diogo Ferreira Mendes, da 1ª Vara Criminal de Ibiúna, que Antonio Marcos Pimenta Neves, réu confesso do assassinato de sua filha, era um homem prepotente e arrogante, que se achava poderoso e andava armado com um revólver calibre 38. A arma, afirmou, é a mesma usada para matar sua filha.

Gomide contou que, depois do fim do namoro, Pimenta Neves passou a perseguir Sandra, ameaçando e difamando a jornalista para evitar que ela arrumasse emprego em outros lugares. Pimenta Neves era diretor do jornal 'O Estado de S.Paulo' e Sandra, editora de Economia. Depois do rompimento, ela deixou a empresa.

- Ele queria muito mandar nela, ser o proprietário dela. Ele falava que queria casar com minha filha, mas não apresentava a família dele. No início ela gostava dele, dizia até que queriam ter dois filhos, mas depois não gostava mais - afirmou Gomide.

Durante boa parte do depoimento de João Gomide, Pimenta Neves ficou com a cabeça baixa e com a mão no rosto. Mudou também de posição na bancada, para evitar ficar lado a lado com o pai da ex-namorada. No lugar de sentar em uma das pontas, ficou no meio de seus dois advogados.

Gomide afirmou que, depois do fim do relacionamento dos dois, aconselhou Sandra a manter amizade com Pimenta Neves, para que não fosse prejudicada. Contou ainda que ele chegou a bater nela pelo menos uma vez depois do rompimento e a agredia verbalmente.

O pai de Sandra diz que tentou falar com Pimenta Neves, lembrar que ele era um 'homem de cultura' e não deveria agir daquela forma, mas não foi sequer atendido.

- Depois dessa agressão ainda chamei ele para almoçar na minha casa, para conversar. Não sabia que ele tinha intenção de matar - afirmou Gomide, lembrando que o jornalista chegou a pagar R$ 150 para que um vigilante contasse quando Sandra visitava o pai e foi até a casa dele acompanhado por seguranças para buscar presentes que teria dado a ela durante o namoro.

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