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mensalão

Pizzolato fugiu pela Argentina, onde deixou impressão digital

Ele fugiu do Brasil em 11 de setembro, dois meses antes do STF ordenar sua prisão, por terra através da fronteira entre a cidade brasileira de Dionísio Cerqueira (SC) e a argentina de Bernardo Irigoyen

Pizzolato usou documento do irmão morto | EFE/Interpol
Pizzolato usou documento do irmão morto (Foto: EFE/Interpol)

O único réu condenado no mensalão que fugiu do país para evitar o cumprimento do mandado de prisão expedido em 15 de novembro pelo STF, Henrique Pizzolato, detido nesta quarta-feira (5) na Itália, usou um passaporte do irmão morto.

Pizzolato, ex-diretor comercial do Banco do Brasil, foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e fraude, por sua participação no esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão.

A polícia italiana prendeu hoje Pizzolato em Maranello, a pedido do Brasil, em uma operação que teve a colaboração das polícias de Argentina e Espanha, países por onde o condenado passou durante a fuga, explicaram os delegados da Polícia Federal (PF) responsáveis pelo caso em entrevista coletiva.

O banqueiro fugiu do Brasil em 11 de setembro, dois meses antes do STF ordenar sua prisão, por terra através da fronteira entre a cidade brasileira de Dionísio Cerqueira (Santa Catarina) e a argentina de Bernardo Irigoyen (Misiones).

Dali foi para Buenos Aires onde tomou um voo para Barcelona, sua última escala antes de chegar à Itália, onde chegou em 14 de setembro e se escondeu no apartamento de um sobrinho, que trabalha na fábrica da Ferrari.

A PF acredita que Pizzolato "premeditou" sua fuga porque em 2008 falsificou um passaporte brasileiro com o nome de seu irmão, Celso Pizzolato, que morreu em 1978, explicou o coordenador geral de cooperação internacional da PF, Luiz Cravo Dória.

Pizzolato também obteve em 2010 um passaporte italiano com o nome do irmão, que utilizou para entrar no país.

Os dois passaportes originais de Pizzolato, tanto o brasileiro como o italiano, foram apreendidos pelo STF no começo do julgamento, em que foram condenados 25 políticos e empresários.

A primeira pista sobre a fuga de Pizzolato surgiu no aeroporto de Buenos Aires, onde foram tiradas as impressões digitais dele, que não coincidiam com as de Celso Pizzolato.

O ministro brasileiro de Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou hoje que o governo solicitará à Itália a extradição do banqueiro.

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