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Investigação

Planalto nega receio de "respingo" do caso Cachoeira

Para ministro, denúncia de envolvimento do subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) com Carlinhos Cachoeira, é "página virada"

O ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, disse nesta terça-feira (10) que a denúncia de envolvimento do subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Olavo Noleto, com o esquema do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, é "página virada". Segundo Gilberto, o governo não teme que a possível relação de Noleto com o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia Wladimir Garcez, o segundo de Carlinhos Cachoeira, respingue no Planalto. Pela manhã, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, negou que Noleto será afastado do governo.

Gilberto disse que Noleto é seu amigo e conversou com o assessor segunda-feira da semana passada sobre um telefonema para Garcez. Segundo o ministro, Noleto lhe disse que tratou de um possível apoio do senador Demóstenes Torres (sem partido-DEM) a candidatura da presidente Dilma Rousseff, em 2010. Esse apoio, disse Gilberto, acabou não ocorrendo, porque o DEM indicou Índio da Costa como vice na chapa do tucano José Serra."Ele (Noleto) nos assegurou que o único contato que ele tinha tido com esse ex-presidente da Câmara tinha sido dessa natureza. Nenhum outro contato. Não conhecia o Carlinhos Cachoeira, nunca teve contato com ele", disse Gilberto, acrescentando que a função de Noleto no Planalto é receber parlamentares, governadores e prefeitos. Gilberto disse que a ministra da SRI, Ideli Salvatti, o procurou para falar sobre a situação de Noletto. Segundo ele, a presidente também foi informada sobre o assunto. "Para nós esse assunto é página virada. A gente estranhou muito essa notícia completamente sem fundamento que a imprensa traz de que presidente teria indicado a saída dele. Isso não existe, não é real. Estamos muito seguros. O Olavo é uma pessoa muito séria. Nós conhecemos o passado dele e não temos nenhum receio de nenhum respingo aqui, até porque é o contato político com ex-presidente da Câmara", disse Gilberto.

O ministro lembrou que Noleto foi chefe de gabinete do ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson Guimarães (2001-2004) e, por isso, tinha "relação política" com Garcez. "Havia uma relação política com esse cidadão, não com o Carlinhos Cachoeira e nem mesmo com o senador Demóstenes. Para nós, esse assunto não existe". Nesta terça-feira, a SRI decidiu que Noleto continuará no cargo. "Se tivesse algum problema teríamos tomado outra providência. Mediante a palavra dele, a nosso juízo absolutamente confiável, de que não houve nenhum contato de nenhuma natureza que não se essa e com essa pessoa, ficamos tranquilos", disse Gilberto.

O ministro disse ainda que o Planalto não teme a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas afirmou que essa decisão cabe ao Congresso e não ao governo. "Eu não posso falar em nome do PT, mas acho que a gente nunca pode ter medo da verdade. Acho que, não é porque teve um deputado do PT que teve contato com esse pessoal, que a gente deva deixar de fazer as investigações. Se é CPI ou não é, não me cabe pronunciar. Essa é uma decisão que a Câmara e o Senado têm de tomar e não a gente aqui. Não vejo razão nenhuma para temer. Já passamos por várias CPIs, sabemos do que se trata e não temos que ter temor nenhum nesse sentido neste momento", disse Gilberto. O deputado do PT é Rubens Otoni (GO). Carlinhos Cachoeira teria gravado uma conversa em que promete dinheiro para a campanha de Otoni na eleição para a prefeitura de Anápolis (GO), em 2004.

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