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O ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello não anunciou publicamente seu voto, mas é considerado favorável ao impeachment de Dilma. | Valter Campanato/ Agência Brasil/Fotos Públicas
O ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello não anunciou publicamente seu voto, mas é considerado favorável ao impeachment de Dilma.| Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil/Fotos Públicas

O Palácio do Planalto terá trabalho para reverter no Senado a ampla desvantagem que tem hoje e evitar a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Placar do Impeachment, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, aponta que, além de já haver número mínimo de votos necessários à abertura do processo, há também tendência de que a oposição conseguirá, com placar apertado, os 2/3 necessários para que seja efetivado o afastamento.

Ao todo, 48 senadores são favoráveis ao impeachment, sete a mais que os 41 necessários para a abertura do processo na votação que deve acontecer em maio. Se aprovada a abertura, Dilma é afastada por até 180 dias enquanto corre o processo. Este número, no entanto, não é suficiente para aprovar o impeachment propriamente dito. Na votação que deverá acontecer em setembro ou outubro são necessários 54 parlamentares a favor. Ausências e abstenções contam como votos contra. Segundo o placar, 20 senadores declararam voto pelo arquivamento do processo.

No entanto, ainda há 15 senadores cujos votos são desconhecidos publicamente. Cinco deles se dizem indecisos e outros dez não quiseram responder. Neste grupo, são considerados votos certos a favor do impeachment os senadores Zezé Perrela (PTB-MG) e Fernando Collor de Mello (PTC-AL). Entre que se dizem indecisos ou não declaram posicionamento há sete senadores do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer. Entre eles está o presidente da Comissão Especial do Impeachment, Raimundo Lira (PB), que declarou voto a favor do afastamento da presidente. Se todos os peemedebistas desse grupo votarem a favor, o número de senadores favoráveis ao impedimento sobe para 53 – um a menos que o necessário para o afastamento. Além disso, há um senador do PP, partido que na Câmara fechou questão pelo impeachment, e dois do PTB, sigla que orientou a bancada a votar pelo impeachment.

O governo dá como certa a aprovação da admissibilidade em maio e aposta todas as fichas para garantir ao menos 27 votos para derrubar o processo após 180 dias de governo provisório de Michel Temer. A expectativa é de que não haja traições como na votação de 17 de abril na Câmara. Nas contas do Planalto, serão 28 os votos contra o impeachment – o que daria um resultado apertadíssimo pró-governo. “Esperamos que se abra um debate jurídico sobre o assunto, diferente do que aconteceu na Câmara”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Os governistas apostam nas pesquisas de opinião, que apontam baixa aprovação de Temer, o que poderá dar força à ideia das “Diretas Já”. “Temer será o governo da crise”, disse Farias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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