Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
futuro ministro do STF

Planalto vê ampla margem de segurança para aprovar Moraes em sabatina na CCJ

Governo já trabalha com chance de levar nome de Alexandre de Moraes ao plenário do Senado ainda na terça-feira

Governo dá aprovação de Alexandre de Moraes em sabatina do Senado como certa, mas a presença de Edison Lobão na sessão é dúvida | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Governo dá aprovação de Alexandre de Moraes em sabatina do Senado como certa, mas a presença de Edison Lobão na sessão é dúvida (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Palácio do Planalto acredita em um placar amplamente favorável a Alexandre de Moraes na sabatina que ele enfrentará na terça-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A avaliação é que ele será aprovado sem percalços, já que os partidos que integram a base do governo Michel Temer na Casa detêm a maioria das vagas na comissão.

Em sintonia com o Planalto, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), trabalha para que a sabatina do ministro licenciado da Justiça e aspirante a ministro do Supremo Tribunal Federal, ocorra nesta terça-feira. Com isso, há “margem de segurança” para votação no plenário do Senado no mesmo dia ou na quarta-feira. O governo quer resolver a questão ainda nesta semana, antes do carnaval.

A dúvida no Senado é se o presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), estará presente e comandará a sabatina. Na semana passada, quando o relatório do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) favorável à indicação de Moares foi lido, Lobão se ausentou. A sessão foi presidida por Antonio Anastasia (PSDB-MG), vice-presidente da comissão.

“É uma saia justa para Lobão presidir essa sessão”, disse um peemedebista, observando que o senador é investigado na Operação LavaJato.

A sessão da CCJ está marcada para as 10h. Dependendo do horário em que acabar a sabatina e que for proclamado o resultado da votação, Eunício definirá se pauta a votação no plenário ainda na terça ou na quarta-feira. Moraes precisa da aprovação de, pelo menos, 41 dos 81 senadores na votação em plenário para tornar-se o novo ministro do STF. A última sabatina para ministro do STF, de Edson Fachin, durou 12 horas. Com isso, a votação do plenário naquela oportunidade ficou para o dia seguinte.

Dos 27 senadores titulares que integram a CCJ, 20 são de partidos da base aliada de Temer. Entre os titulares e suplentes, a comissão conta com nove senadores que são investigados na Lava Jato. Além de Lobão, outros três titulares são investigados: Jader Barbalho (PMDB-PA), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Benedito Lira (PP-AL). Entre os suplentes, são investigados Fernando Collor (PTC-AL), Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Humberto Costa (PT-PE).

Relatório favorável

No relatório produzido pelo senador Eduardo Braga, o peemedebista considera que Moraes apresenta formação técnica adequada para chegar ao Supremo. Ele destaca a intensa produção acadêmica do indicado. Ressalta também as várias manifestações de apoio de entidades do meio jurídico à indicação. Moraes foi indicado para a vaga de Teori Zavascki, que morreu em acidente aéreo no dia 19 de janeiro e poderá ser a única indicação feita por Temer.

O relator terá que incluir em seus questionamentos a Moraes perguntas enviadas por cidadãos ao portal do Senado. Até a última sexta-feira (17), havia mais de 740 manifestações, a maioria sobre temas polêmicos como a posição do indicado sobre a legalização da maconha, a descriminalização do aborto e o combate à corrupção – em especial, as delações na Lava Jato. Muitos também pedem explicações a Moraes pelo fato de ter se licenciado do cargo de ministro da Justiça e ter defendido, em sua tese de doutorado, que um integrante do governo não deveria ser indicado para o STF.

Principais Manchetes

Tudo sobre:

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.