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Em reunião extraordinária realizada ontem em São Paulo, o Partido da Mobilização Nacional (PMN) formalizou a desistência de fusão com o Partido Popular Socialista (PPS) para formar a Mobilização Democrática (MD). Segundo a secretária nacional do PMN, Telma Ribeiro, a "diferença de tempo" entre os dois partidos é o que impossibilitou a fusão. "Não posso mexer na vida de tanta gente e ficar dependendo da posição de um só."

A nova sigla, fruto da fusão do PPS com o PMN, era articulada pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP), que é próximo de Serra. Se a criação do MD fosse aprovada, o novo partido poderia lançar a candidatura do ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à Presidência da República em 2014.

Serra enfrenta dificuldades em seu partido para tentar ser candidato novamente -ele já disputou a cadeira de presidente duas vezes: em 2002 e 2010. O presidente do PSDB, Aécio Neves, deve ser o indicado pelo partido para concorrer às eleições no ano que vem. Com isso, Serra tem procurado alternativas para se viabilizar candidato e a fusão entre o PMN e o PPS seria um caminho viável.Para o PPS, a fusão era considerada essencial para fortalecer a sigla rumo à eleição de 2014. Com a criação de uma nova legenda, haveria uma janela de oportunidade para que políticos com mandato possam mudar de partido, formando uma sigla mais robusta, com direito a mais tempo de TV.

"A visão de Roberto Freire é que seria importante agregar insatisfeitos com mandato. Ele estava muito preso a essa visão. A minha posição é no outro sentido, de definir logo para tocar as coisas práticas", disse Ribeiro. E, completou, "você não pode fazer uma fusão esperando as pessoas olharem o partido como um produto em uma prateleira escolhendo entre vários partidos.

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