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A Polícia Legislativa do Senado decidiu nesta terça-feira (28) prorrogar por 60 dias o inquérito que investiga o ex- diretor-geral da Casa Agaciel Maia. Como o servidor desfruta de licença prêmio há 33 dias, os agentes não conseguem encontrá-lo para colher assinaturas que possibilitariam a realização de uma perícia, necessária à conclusão dos trabalhos.

Agaciel é acusado de supostamente ter utilizado uma vaga no gabinete do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para nomear uma funcionária indevidamente. A denúncia contra o ex-diretor-geral foi apresentada no dia 24 de junho pelo próprio Demóstenes. Em 2007, Agaciel nomeou Lia Raquel Vaz de Souza para trabalhar no gabinete do senador do DEM, transferindo-a depois para o quadro de assessores do senador Delcídio Amaral (PT-MS). Nomeada por meio de ato secreto, Lia seria filha de um aliado de Agaciel no Senado.

Em depoimento no dia 2 de julho, os policiais apresentaram a Agaciel uma relação de três atos de nomeação e exoneração supostamente assinados por ele. Segundo a polícia, Agaciel não reconheceu a assinatura.

Para determinar o indiciamento de Agaciel, os investigadores responsáveis pelo inquérito consideravam que as assinaturas dele nos requerimentos de nomeação e exoneração de Lia já constituiriam provas para fundamentar a decisão e que a perícia seria desnecessária. Mas, como Agaciel negou a autenticidade dos atos, a Procuradoria da República no Distrito Federal aconselhou os agentes a realizar a perícia sobre as assinaturas.

Segundo a Polícia do Senado, o próprio Agaciel se comprometeu participar da perícia em suas assinaturas, mas, desde que saiu de férias, o servidor não consegue ser localizado, o que impede a continuidade das investigações contra ele.

Ainda nesta terça-feira, os agentes devem analisar se recomendam o indiciamento de Agaciel ou se aguardam a realização da perícia. Segundo a polícia, o ex-diretor-geral pode ser indiciado mesmo sem a conclusão dos trabalhos. A Polícia do Senado vai solicitar a prorrogação do inquérito ao Ministério Público Federal.

O ex-diretor Agaciel Maia pediu licença, por um período de 90 dias, no dia 25 de junho. Nesse tempo, ele afirmou que iria se dedicar à preparação de sua defesa no caso dos atos secretos. O G1 tentou localizar Agaciel por telefone e ainda aguarda que o ex-diretor retorne o recado deixado em seu celular.

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