A Polícia Federal prendeu pelo menos dez pessoas suspeitas de envolvimento em uma quadrilha que exportava mulheres da América do Sul para a Europa. A Interpol ajudou nas investigações e agora está à procura de um espanhol apontado como o chefe do grupo. Ele mora na Espanha e já está com a prisão decretada.
A quadrilha contava com a ajuda de uma advogada, presa em Campo Grande (MS). Era ela quem preparava a documentação para embarcar as mulheres. Foram seis prisões só em Mato Grosso do Sul. Na cidade de Dourados, uma mãe e a filha dela foram para a cadeia. Segundo a polícia, elas ajudavam no recrutamento.
A Operação Sabinas foi deflagrada pela Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, com o apoio de agentes do Maranhão e de São Paulo na quinta-feira (28). A PF continua procurando envolvidos no esquema.
Liberdade cerceadaSegundo a Polícia Federal, as mulheres eram aliciadas na Colômbia, no Paraguai e em quatro estados brasileiros (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão e São Paulo). Reunidas em São Paulo, elas embarcavam para a Espanha. Lá, eram divididas em grupos para trabalhar em Madri e na região portuária de Almeria.
As investigações mostram que os aliciadores pagam todos os custos da viagem, mas na Espanha as mulheres são obrigadas a entregar os passaportes para os chefes do esquema e têm a liberdade cerceada. Até agora, a polícia já identificou 60 mulheres que vivem nessas condições - 18 são brasileiras.
O delegado José Otacília diz que já foi feito contato com a polícia espanhola para que essas mulheres sejam identificadas e deportadas.
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