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A polícia de São Paulo tem uma pista na investigação do seqüestro do repórter Guilherme Portanova e do técnico Alexandre Calado, funcionário da TV Globo. Um dos carros usados na ação não foi levado por assaltantes, mas por um manobrista, que desapareceu. A versão do assalto foi montada pelo dono do estacionamento para que o seguro cobrisse o prejuízo.

O dono do Vectra usado no seqüestro ficou sem o carro em uma rua de restaurantes finos, na zona oeste de São Paulo. A ocorrência, registrada na delegacia, foi de assalto a mão armada. O manobrista Manoel da Silva Filho contou à polícia que pegou o carro na porta do restaurante e foi rendido por um ladrão, no caminho para o estacionamento. Era quinta-feira, dois dias antes do seqüestro.

No sábado, quando a equipe da TV Globo já era refém, o dono da empresa em que o manobrista trabalha chegou a dar detalhes do tal assalto.

- O bandido disse para descer: "não olha para a minha cara e sai andando" - falou o dono do estacionamento.

Mas policiais da Divisão de Anti-Seqüestro acabaram descobrindo que a versão do roubo é mentirosa. Segundo a polícia, o assalto foi inventado para tentar dar um golpe no seguro e encobrir a verdadeira história. O Vectra simplesmente foi levado embora por um dos manobristas, que assumiu a direção e não apareceu mais.

Luciano José da Silva, o manobrista que sumiu com o carro, está sendo procurado. Desde que a farsa foi descoberta, os policiais já estiveram em sete endereços. Não encontraram Luciano nem a família dele.

Um dos donos da empresa de manobristas disse para a polícia que inventou a história do assalto porque o seguro dele não cobre casos de furto.

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