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Defesa

Políticos negam enriquecimento

Ex-prefeitos que teriam envolvimento no esquema de desvio de verbas da Saúde garantem que não tiveram nenhum ganho financeiro

José Carlos Martinez, morto em 2003, era um dos investigados |
José Carlos Martinez, morto em 2003, era um dos investigados (Foto: )
Leia o que os ex-prefeitos citados disseram sobre o caso dos sanguessugas |

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Leia o que os ex-prefeitos citados disseram sobre o caso dos sanguessugas

Confira alguns números levantados em estudo sobre a máfia dos sanguessugas |

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Confira alguns números levantados em estudo sobre a máfia dos sanguessugas

Ponta Grossa - As ações propostas pela Advocacia-Geral da União estão causando dor de cabeça e desconforto político para muitos ex-prefeitos paranaenses. Ouvidos pela Gazeta do Povo, alguns alegaram que não tiveram conhecimento de esquema nenhum e outros deram detalhes de como a quadrilha agia. Em comum, todos disseram que não ganharam nada com as compras.

A Advocacia-Geral da União, por sua vez, também enfrenta alguns problemas. O órgão ainda estuda uma forma de processar e responsabilizar pessoas que teriam participado do esquema e que morreram nos últimos anos. A começar pelo deputado federal José Carlos Martinez (PTB), que morreu num acidente aéreo em 2003. Ele seria um dos cinco parlamentares paranaenses favorecidos pela liberação de verbas federais para licitações viciadas. Dois ex-prefeitos citados na investigação morreram há mais de um ano: Altenir Alves David, de Doutor Ulysses, e Nelson dos Santos Pereira, de Francisco Alves.

E na semana que passou, mais um ex-prefeito faleceu, complicando o processo de apuração do caso dos sanguessugas no Paraná. Cloves da Costa Moraes, de Sapopema, foi assassinado, com sete tiros, no dia 20, quando chegava em casa. A polícia trabalha com as hipóteses de roubo seguido de morte ou de acerto de contas motivado por extorsão. Na semana anterior, Moraes concedeu entrevista à Gazeta do Povo.

"Aquilo foi uma desgraça. Nós fizemos a coisa certa, mas o pedido lá de Brasília era de que tinha que ser com as empresas deles. E só saía a verba nessas condições. Estavam nos oferecendo uma ambulância. Não tinha como recusar. Mas eu tive o cuidado de fazer uma tomada de preço e o preço era compatível. Dava uma diferença de R$ 2 mil. Depois disso me pediriam R$ 20 mil para passar R$ 70 mil em remédios, mas eu disse que não iria dar R$ 20 mil para ninguém", contou.

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Interatividade

A União conseguirá responsabilizar todos os envolvidos no esquema sanguessuga?

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