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sucessão caseira

Políticos paranaenses preparam herdeiros para lançar nas eleições

Pelo menos dez famílias de lideranças que ocupam ou ocuparam cargos públicos devem ter candidatos em outubro

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Seguindo um comportamento comum em todo o país, pelo menos dez famílias de políticos que ocupam ou ocuparam cargos públicos no Paraná devem lançar seus herdeiros nas eleições deste ano. Na lista de pré-candidatos, estão parentes de deputados, de ex-parlamentares e de ex-governadores. Também devem ocorrer "dobradinhas" familiares na disputa por cadeiras na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.

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Filho do deputado federal Fernando Francischini (SDD), Felipe Francischini, do mesmo partido, é um dos possíveis candidatos a deputado estadual. O pai também deve tentar a reeleição em 2014. Outra dobradinha deve vir do Norte do estado. Luiz Renato Hauly (PSDB), de 24 anos, almeja uma cadeira na Assembleia enquanto o pai, Luiz Carlos Hauly (PSDB), deve disputar a reeleição para a Câmara. "Ele [meu filho] nasceu no ambiente político", justifica o ex-secretário estadual da Fazenda.

Depois de sofrer uma derrota nas urnas em Londrina em 2012, os primos Marcelo e Antônio Carlos Belinati, ambos do PP, também devem lançar candidatura para deputado federal e estadual, respectivamente. Eles são, respectivamente, sobrinho e filho do ex-prefeito de Londrina Antonio Belinati. Já o ex-deputado estadual Durval Amaral, que trocou o Legislativo pelo cargo de conselheiro do Tribunal de Contas, deve ajudar na campanha do filho, Thiago Amaral (PSB), para a Assembleia. "Ele [meu pai] construiu a história dele, mas as decisões e o caminho da minha vida são meus", ressalta o pré-candidato.

Outra família de deputados deve lançar sua prole para a Assembleia em 2014. Paulo Litro (PSDB), filho do ex-deputado Luiz Fernando Litro e da atual deputada Rose Litro deve disputar as eleições no lugar da mãe. "Ele tem uma força política muito grande na juventude", diz a parlamentar.

Responsabilidade

Para o advogado Mauricio Requião, filho do ex-governador e atual senador Roberto Requião (PMDB), o sobrenome ajuda na conquista de votos, mas também confere uma responsabilidade maior à candidatura. "É uma sombra bem grande para sair debaixo", diz. Mauricio – que recentemente passou a assinar artigos como Requião Filho – é pré-candidato a deputado estadual pelo PMDB.

Na opinião do vereador de Curitiba Bruno Pessuti (PSC), o sobrenome político também confere responsabilidade, mas não tem tanto peso nas urnas. "Prova disso é que o atual governador Beto Richa [filho do ex-governador José Richa] não se elegeu quando saiu candidato a vereador em Curitiba." Bruno, que é filho do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB), ainda não confirma se deixará a Câmara para tentar uma vaga na Assembleia. "Somente serei candidato [a deputado estadual] se meu pai não sair a governador", ressalta.

Para completar a lista de possíveis candidatos à Assembleia com família na política, estão o atual vereador em Londrina Gustavo Richa (PHS), primo do governador Beto Richa (PSDB) e sobrinho do ex-governador José Richa, e o filho do deputado estadual Toninho Wandscheer (PT), Tiago Wandscheer (PT), que já foi suplente de deputado. "Tive um problema de saúde no ano passado e acho razoável que ele [Tiago] saia candidato no meu lugar", diz Toninho.

Família Barros terá candidatos ao governo, Assembleia e Câmara

A tradicional família Barros tem acompanhado o caminho político iniciado pelo patriarca, o ex-deputado e ex-pre­­feito de Maringá entre 1971 e 1973 Silvio Magalhães Barros. Em 2014, por exemplo, o "clã" deve ter uma lista de candidatos para quase todos os cargos eletivos. O atual secretário estadual de Indústria e Comércio, Ri­­cardo Barros (PP), pretende ocupar a vaga deixada na Câmara Federal pela esposa, Cida Borghetti (Pros), que deve se lançar a vice-governadora na provável chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Maringá Silvio Barros (PHS), irmão de Ricardo. Maria Victoria (PP), filha de Ricardo Barros, de 21 anos, deve disputar o cargo de deputada estadual. Para o pai dela, é normal que herdeiros da política "peguem gosto" pelo trabalho público. "Assim como acontece em outras carreiras, como de advogado e médico", diz ele.

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