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Líderes do PSDB favoráveis à candidatura do ex-governador José Serra à Prefeitura de São Paulo fizeram chegar a integrantes do DEM que a chapa puro-sangue é uma das condições para o tucano entrar na disputa eleitoral deste ano.

A cúpula do DEM queria a vaga de vice para apoiar o PSDB na eleição, num cenário em que o candidato não é o ex-governador. Mas, com Serra na disputa, a tendência é que o aliado também abra mão da indicação. Anteontem, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que seu partido não pleiteará a candidatura de vice-prefeito, caso Serra concorra.

Serra, que analisa o cenário para decidir, teria predileção pela chapa com um vice do PSDB. Em 2006, quando disputou o governo de São Paulo, lançou como vice o tucano Alberto Goldman. A indicação lhe deu segurança para renunciar e disputar a Presidência da República em 2010.

A formação de uma chapa puro-sangue também daria condições para costurar um acordo com o vencedor da prévia do PSDB, marcada para o dia 4 de março. Apesar de três dos quatro pré-candidatos serem secretários estaduais - Andrea Matarazzo, Bruno Covas e José Aníbal -, a avaliação hoje no Palácio dos Bandeirantes é a de que a disputa interna está muito avançada e que implicaria um risco político ao governador Geraldo Alckmin desmarcá-la sem a garantia de que Serra vai mesmo disputar.

No domingo, Matarazzo esteve com Serra em Buenos Aires. Para os defensores da candidatura do ex-governador, se ele não se posicionar até antes da prévia, e a disputa se tornar inevitável a saída será apostar as fichas em Matarazzo e, depois, costurar um acordo com ele para vice.

Nos últimos dias, Alckmin esteve com dois dos quatro pré-candidatos e afirmou que, se Serra decidir entrar na disputa antes da prévia, terá que convencê-los a abrir mão do processo.

Ontem, o governador voltou a dizer que a prévia está mantida e que os quatro pré-candidatos da legenda devem continuar em campanha. O tucano afirmou que Serra ainda não se decidiu, mas indicou que a definição deve ser feita depois da disputa.

"O Serra, se quiser ser candidato, será um grande candidato, como foi um bom prefeito, um bom governador e um bom ministro da Saúde", declarou. Ele ainda repetiu três vezes que "não há nenhum fato novo" sobre a disputa tucana e disse aguardar a decisão de Serra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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