Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Rebelião

PR oficializa saída da base do governo

Nascimento: “Abrimos mão de todos os cargos” no governo | Lula Marques/Folhapress
Nascimento: “Abrimos mão de todos os cargos” no governo (Foto: Lula Marques/Folhapress)

O Partido da República (PR) anunciou ontem que irá atuar de forma "independente" do governo Dil­­­ma Rousseff nas votações do Congresso depois que a presidente promoveu uma "faxina" no Ministério dos Transportes, co­­­man­­­dado pela pasta.

Presidente da sigla, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) anunciou que o partido vai "abrir mão" dos cargos que ocupa. "Manteremos a atitude responsável que caracteriza a nossa trajetória no Legislativo, mas atuaremos de forma independente. Abrimos mão de todos os cargos hoje ocupados por indicações de nossas bancadas", disse.

O PR não informou quantos cargos o partido tem. Nascimento também não anunciou que todos os indicados deixarão seus postos após o anúncio da "independência", mas que caberá ao governo decidir o que fazer. O PR tem 41 deputados e seis senadores.

Apesar de Dilma ter nomeado o secretário-executivo Paulo Sérgio Passos como ministro no lugar de Nascimento, o PR não reconhece o cargo como do partido – embora ele seja filiado à si­­­gla. "Sua nomeação reflete decisão pessoal e isolada da presidente", disse Nascimento. (Leia mais ao lado)

No discurso de pouco mais de cinco minutos, o presidente do PR afirmou que o partido não aceita ser tratado como "aliado de pouca categoria, fisiológico e oportunista". Disse que a declaração de independência não é um "ressentimento" do partido com o afastamento de 28 servidores dos Transportes.

Antes de discursar, Nasci­­­mento foi pressionado por um grupo de senadores a recuar da decisão por resistirem à entrega dos cargos. O líder da "rebelião" foi o senador Magno Malta (PR-ES), que tem o irmão Mau­­­­rício Malta como assessor do Dnit.

Numa discussão com Nasci­­­mento, Malta disse que não era "moleque" nem mudaria sua posição. E pediu que o presidente do PR não lhe "apontasse o dedo". "Não sou criança para ficar mudando de posição. Ninguém manda em mim, tive 1,3 milhão de votos. Eu sou da base do governo", afirmou Malta.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.