Os pré-candidatos à prefeitura de Curitiba que aparecem com maiores índices de rejeição na primeira pesquisa registrada do ano, realizada pelo Ibope e divulgada no último sábado, afirmam que "ainda é cedo" para definir o quadro eleitoral. Todos dizem que, daqui até outubro, será possível fazer com que o eleitor conheça melhor as proposas de cada candidatura e, assim, reverter a situação.
De acordo com a pesquisa Ibope, encomendada pela rádio CBN, a rejeição dos principais candidatos varia entre 16% e 49% (veja quadro ao lado). O índice tem margem de erro de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos. No caso de índice de rejeição, os entrevistados foram ouvidos sobre apenas seis pré-candidatos.
O candidato que aparece com maior porcentual de rejeição na pesquisa é o ex-prefeito Rafael Greca (PMDB). De acordo com ele, a situação tende a mudar com o desenrolar da campanha. "Quando ganhei do pai do Gustavo Fruet (PDT), eu comecei a campanha com 4% e ele estava lá na frente", diz. Na eleição de 1992, Greca derrotou o ex-prefeito Maurício Fruet na campanha pela prefeitura de Curitiba. Para ele, o fato de 75% não saberem dizer quem era seu candidato na pesquisa espontânea mostra que há espaço para crescimento.
A vereadora Renata Bueno, pré-candidata do PPS, aparece com a segunda maior rejeição, com 35%. Ela credita o desempenho à sua atuação na Câmara Municipal, que teria contrariado muitos interesses. "Combati a corrupção e isso fez com que muita gente perdesse cargos e benefícios", afirma. Renata diz ainda que sua campanha não foi lançada e que há tempo para reverter o quadro.
Com 31% de rejeição, o deputado federal Dr. Rosinha (PT) afirma não acreditar que o resultado mostre o que a população pensa dele, pessoalmente. "Em parte, isso tem a ver com desconhecimento do trabalho da gente. E em parte o PT sempre teve uma certa rejeição em Curitiba." Rosinha diz que aposta no apoio de lideranças do PT, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff, para reverter a situação.
Ratinho Jr. (PSC), que aparece com o segundo menor índice de rejeição (28%), afirma que as pessoas que dizem que não votariam nele de nenhuma maneira podem estar enganadas em relação ao seu perfil. "Imaginam que sou um candidato popular sem currículo. Mas quando puder mostrar meu passado e minhas ideias, isso muda", afirma.
Candidato com menor rejeição na pesquisa, o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) preferiu não comemorar o dado. Na eleição de 2010, quando disputou o Senado contra Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT), Fruet criticou muito os institutos de pesquisa. "Uma boa notícia será ter vários institutos fazendo sondagens para que possamos compará-las."
A reportagem tentou contato com o prefeito Luciano Ducci (PSB), que aparece com 31% de rejeição, mas a assessoria informou que ele não tem comentado assuntos relativos à eleição municipal.



