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O prefeito de Cascavel, Edgar Bueno (PDT), se antecipou e mesmo antes do início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar suposto recebimento de propina por ele e um secretário municipal, entregou na tarde desta segunda-feira (27) à Câmara de Vereadores uma série de documentos. Bueno e o secretário de Obras Públicas, Paulo Gorski, foram denunciados ao Ministério Público (MP) por supostamente receberem R$ 23 mil de propina de uma empresa responsável pela manutenção de máquinas pesadas do município.

Em um discurso rápido na tribuna da Câmara, o prefeito disse que se trata de uma denúncia "anônima, fantasiosa e fabricada pela aproximação do momento eleitoral". Ele também colocou suas contas particulares a disposição da CPI. O mesmo fez o secretário Paulo Gorski.

O prefeito também atacou dois grupos de comunicação da cidade que, segundo ele, têm interesse político em Cascavel. Ele citou os empresários Jaci Scanagatta – proprietário de duas emissoras de rádio – e Alfredo Kaefer – dono de dois jornais diários – de promoverem uma campanha para tentar destruir sua imagem. "Isso não é possível esconder, nós temos que deixar isso claro. Eu sou vítima porque eles têm lado político, eu sou vítima porque eles têm interesse em me derrubar. Sou vítima porque não leio na cartilha deles", frisou.

Waldomiro Cantini, diretor das emissoras de rádio do Grupo Scanagatta, rebateu as declarações do prefeito. Segundo ele, as denúncias repercutidas nos veículos de comunicação são apenas repercussão de investigações feitas pelo MP. Cantini afirmou que nos últimos 20 dias o grupo do prefeito Edgar Bueno entrou com 13 ações contra a emissora, mas todos os pedidos foram negados pela Justiça.

Já a direção dos jornais Hoje e o Paraná, que pertencem ao grupo empresarial do deputado Alfredo Kaefer, não quis comentar as declarações do prefeito.

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