O prefeito de Fênix, Aristóteles Dias dos Santos Filho (PMDB), teve a prisão preventiva solicitada pelo Ministério Público e requerida pela Procuradoria Geral de Justiça. Na quinta-feira, o MP apresentou ao Tribunal de Justiça uma denúncia criminal por homicídio qualificado contra Santos Filhos. Ele é acusado de encomendar a morte de Manoel Custódio Ramos, que era o prefeito de Fênix, cidade no Centro-Oeste do estado.
Manoel foi assassinado em fevereiro do ano passado, após estacionar o carro na garagem de sua residência. Foi atingido com quatro tiros no tórax e cabeça e teve morte instantânea. No mês passado, policiais civis de Engenheiro Beltrão prenderam o funcionário público da prefeitura de Fênix, Sidney Aparecido Farias, de 34 anos, acusado de ser o mandante da morte de Ramos. Sidney foi preso após a polícia de Londrina prender Luiz Pereira de Souza Junior, de 30 anos, acusado de ser o autor do crime. Souza teria sido contratado por Sidney por R$ 15 mil para matar o prefeito, mas teria recebido apenas R$ 1,7 mil. Escondido em Rondônia, Souza veio ao Paraná para receber o restante do pagamento quando foi preso.
Em depoimento à polícia, Souza confessou a autoria do crime e apontou Sidney como mandante e o atual prefeito, que era vice de manoel Ramos, como co-autor do homicídio. Conforme a denúncia criminal apresentada ao TJ, Aristóteles teria arquitetado o crime junto com Sidney após Ramos ter tomado decisões contrárias ao interesse dos dois. Conforme o MP, a decretação da prisão preventiva do atual prefeito é necessária para o completo esclarecimento do caso, para assegurar a aplicação da lei penal e porque o crime provocou abalo à ordem pública do município. A ação é assinada pelo procurador geral de Justiça, Milton Riquelme de Macedo, autoridade legalmente competente para o oferecimento de denúncias contra prefeitos municipais. A assessoria de imprensa do TJ informou que o processo será analisado na próxima segunda-feira.
De acordo com o promotor de Justiça de Engenheiro Beltrão, José Pereira Pio de Abreu Neto, como o prefeito tem foro privilegiado, a competência em julgar o caso é do Tribunal de Justiça. Abreu Neto diz que o delegado de Engenheiro Beltrão, José Nunes Furtado, já havia solicitado a prisão preventiva do prefeito. "Todos os pedidos foram encaminhados ao TJ."
O prefeito Aristóteles Dias dos Santos Filho (PMDB) foi procurado, mas segundo a sua secretária, ele não estava na cidade.



