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Hoje, em uma cerimônia na Câmara Municipal de Salvador, João Henrique Carneiro, agora filiado ao PMDB, assumiu oficialmente seu segundo mandato em condição praticamente oposta à verificada há quatro anos. Naquela época ele militava no PDT. Seu esforço é para afastar, da forma mais diplomática possível, os partidos aliados dos cargos do primeiro escalão da prefeitura. Além disso pretende economizar R$ 40 milhões por ano.

A mudança na percepção administrativa de João Henrique começou a se manifestar em abril do ano passado, quando ele "ganhou musculatura política", nas palavras dele, ao trocar o PDT pelo PMDB - e atrair pesos pesados do governo federal, especialmente o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para seu lado.

Ao assumir o segundo mandato, Carneiro também desmontou seis das 17 secretarias que havia formado para abrigar os partidos aliados. Além disso, acabou com sete subsecretarias, eliminou 80 cargos comissionados e montou uma equipe majoritariamente técnica de auxiliares. Indicações políticas, só a partir do segundo escalão. Dois desses cargos passam a ser ocupados pelo DEM, novo aliado da administração municipal.

A idéia da reforma, elaborada em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), do consultor mineiro Vicente Falconi - a mesma que auxiliou Aécio Neves (PSDB) a zerar o déficit orçamentário de Minas Gerais -, é economizar R$ 40 milhões por ano e tornar a administração mais eficiente.

A outra parte do plano, o aumento de arrecadação por meio de elevação de impostos, porém, ainda não foi posta em prática. A prefeitura até tentou aprovar no apagar das luzes de 2008 um novo modelo de IPTU na câmara, que ampliaria a base de arrecadação e elevaria o imposto, em alguns casos, em até 150%. A proposta, porém, foi retirada da pauta, pela repercussão ruim que causou. "A gente vai ter de voltar a esse tema, porque Salvador tem quase 3 milhões de habitantes e só 600 mil arrecadam impostos - e isso não é bom para a cidade", avalia.

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