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Administração pública

Prefeitura diz que cumpriu 82% das metas de gestão

Detalhes do desempenho das secretarias nos primeiros quatro meses do ano só devem ser divulgados amanhã

Na primeira avaliação do Contrato de Gestão assinado no início do ano entre a prefeitura de Curitiba e os secretários de governo, a administração municipal divulgou que 82% das metas traçadas para o primeiro quadrimestre do ano foram cumpridas. No entanto, o detalhamento do desempenho de cada um dos 28 órgãos e secretarias só deve ser divulgado amanhã no site oficial (www.curitiba.pr.gov.br) para consulta pública. A promessa é que serão apontados quais projeções foram ou não cumpridas e por quê.

Das 543 metas a serem atingidas nos primeiros quatro meses do ano, 446 foram cumpridas, segundo a prefeitura. As outras 97 tiveram de ser reprogramadas por razões que variaram desde problemas na liberação de recursos até a determinação de prazos não-realistas com a complexidade do projeto. Apesar de o prefeito Beto Richa (PSDB) ter afirmado no dia da assinatura do contrato que metas não cumpridas poderiam, em última instância, resultar na demissão de secretários, ele demonstrou otimismo com o resultado apresentado ontem. "Achei que conseguiríamos atingir nossas metas, mas não com um porcentual tão amplo logo no primeiro balanço. Isso mostra o comprometimentos dos secretários, já que ainda estamos nos familiarizando com essa nova forma de gestão."

Richa comemorou principalmente o fato de a administração municipal ter superado o corte de 15% em gastos de custeio, previsto inicialmente pelo contrato. De acordo com o secretário de Finanças, Luiz Eduardo Sebastiani, a prefeitura reduziu 18% das despesas – sem contar a folha de pagamento – e economizou R$ 158 milhões no quadrimestre. Os cortes se deram, sobretudo, em despesas internas como combustíveis, água, luz e telefone. Segundo Sebastiani, a quantia economizada será investida em áreas sociais (educação, saúde e habitação). "Diminuir o custeio era o nosso principal desafio. Além disso, produzimos superávit num cenário de redução no crescimento das receitas e queda na atividade econômica", disse.

"Esses números contrariam a máxima de que toda administração pública é ineficiente e ineficaz", defendeu Beto Richa. Segundo ele, a meta principal do Contrato de Gestão é permitir cada vez uma maior sobra de caixa para a realização de obras no município.

Para o secretário de Planejamento, Alceni Guerra, o contrato foi a fórmula encontrada pelo atual governo para transformar o modelo de gestão e tentar superar os resultados alcançados no primeiro mandato de Richa. "Nós somos nossos próprios antecessores e competimos contra nós mesmos. Por isso, utilizamos o contrato como uma ferramenta gerencial de trabalho para os próximos quatro anos."

As metas fixadas nos contratos com cada secretaria foram baseadas nos compromissos do Plano de Governo para o período 2009-2012, registrado em cartório por Beto Richa no ano passado. Anualmente, as projeções serão revistas e atualizadas, de acordo com as demandas da população. Além disso, a cada quatro meses, todas as secretarias terão de apresentar um relatório de avaliação do trabalho que está sendo desenvolvido.

O maior objetivo do Contrato de Gestão é aumentar a eficiência da administração municipal. A ideia surgiu na iniciativa privada e já foi usada no poder público de Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

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