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PSDB vai à Justiça por documento sobre cartel

O Diretório Estadual do PSDB em São Paulo requereu representação na Procuradoria Geral de Justiça para solicitar a procedência do documento anexado ao inquérito da Polícia Federal que investiga a denúncia de formação de cartel entre empresas do setor metroviário.

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Querem desfocar uma investigação séria, diz Cardozo

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a dar entrevista nesta quinta sobre os encaminhamentos do caso Siemens. "Querem transformar a investigação do cartel em disputa política", disse o ministro, numa referência à apuração sobre as denúncias de esquema de corrupção e formação de cartel na construção do metrô de São Paulo.

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A presidente da Alstom no Brasil, Marcos Costa, disse nesta quinta-feira (28) que a empresa não pagou propina para obter contratos com o governo paulista. Costa afirmou que as consultorias contratadas pela Alstom prestaram serviços à empresa e que receberam em função deles."Contratamos consultores reconhecidos no mercado, que prestaram serviços e receberam em função deles", defendeu.

A multinacional francesa Alstom é uma das empresas investigadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no procedimento aberto após a Siemens delatar a existência de cartel em licitações do Metrô e da CPTM. De acordo com as investigações, a Alstom é suspeita de recorrer a lobistas e pagar propina a funcionários públicos para obter contratos nas áreas de energia e transporte. Esse pagamento era intermediado por empresas de consultorias contratados pela multinacional francesa.

A declaração foi dada para o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público da Câmara Municipal de São Paulo, Paulo Fiorilo (PT). Além de Costa, o diretor financeiro da Alstom, Marco Aurélio Machado, e o diretor geral do setor de Transporte, Marco Contin, também foram inquiridos pelos vereadores Eduardo Tuma (PSDB), Milton Leite (DEM) e Edir Sales (PSD) sobre os contratos e as relações entre os executivos com o governo.

A CPI foi criada após os protestos contra o reajuste do preço da tarifa de ônibus e do Metrô, mas acabou incluindo nas apurações as denúncias de cartel nos contratos metroferroviários nos governos de São Paulo e do Distrito Federal.

Como a Folha de S.Paulo revelou em julho, as investigações sobre o cartel dos trens tiveram início por causa de um acordo feito pela Siemens com o Cade. Costa também respondeu as denúncias de formação de cartel, trazidas à público pela empresa Siemens, que já depôs na CPI. "Os indícios que a Siemens vê de formação de cartel nós não vemos", afirmou.

Costa argumentou que as acusações de que haveria acerto entre as empresas para dividirem os contratos do Metrô e CPTM não ocorre. Ele confirmou que Alstom subcontrata outras empresas do setor, como a Bombardier, a Mitsui e a Temoinsa, mas disse que esses procedimentos são comuns no setor. "Algumas concorreram à licitação com outros consórcios, mas perderam no valor total. É normal tentar venderem o produto que fabricam para o grupo vencedor da licitação."

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