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Esopo

Presidente do IMDC ficou milionário em “pouquíssimo tempo”, diz PF

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De funcionário com salário de R$ 800 a empresário com investimento de R$ 6 milhões em banco, mansão em condomínio fechado, helicóptero e carros importados.Segundo a Polícia Federal, esses são sinais da "impressionante ascensão social" de Deivson Oliveira Vidal, 32, presidente do Instituto Mundial de Desenvolvimento da Cidadania (IMDC), entidade sem fins lucrativos sediada em Belo Horizonte e que está no centro das apurações da operação Esopo, que apura fraudes em convênios do Ministério do Trabalho.

A operação prendeu Vidal e outras 21 pessoas, entre elas ex-prefeitos e servidores públicos. Segundo relatório da PF enviado à Justiça Federal, Vidal deixou "em pouquíssimo tempo" a situação de funcionário da Fiemg (a federação das indústrias de Minas), com salário de R$ 800, para a condição de "próspero empresário", deixando uma casa em bairro de classe média baixa de Belo Horizonte para uma mansão de dois andares em um dos condomínios mais caros da região metropolitana.

O empresário, diz a PF, possui um investimento de R$ 6 milhões em apenas um banco e se "gabava" de gastar mais de R$ 3.000 em casa noturna por uma única noite. Em julho de 2012, antes de viajar para Miami (EUA), disse ter a intenção de alugar um Lamborghini cuja versão mais barata custava R$ 1,3 milhão.

O modus operandi da entidade era celebrar contratos com órgãos públicos para atividades diversas, mediante fraudes em licitações, e prestar serviços com valores superfaturados ou mesmo não executar os trabalhos, gerando lucros aos dirigentes da entidade e a agentes públicos envolvidos. Cerca de R$ 400 milhões teriam sido desviados em cinco anos.

Vidal foi indiciado sob suspeita de fraude a licitação, peculato, corrupção ativa, falsidade ideológica, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A reportagem tenta contato desde segunda, sem sucesso, com representantes do IMDC e com advogados de Vidal.

Atualização em 25/08/2025: Deivson Oliveira Vidal foi absolvido da acusação de lavagem de dinheiro, em razão de falta de provas, na ação 0035904-74.2014.4.01.3800, que tramitou na 4ª Vara Federal de Belo Horizonte. O Ministério Público Federal recorreu dessa sentença, mas o recurso ainda não foi julgado pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região.

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