Ao tomar posse nesta terça-feira, o novo presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Márcio Pochmann, disse que o Estado brasileiro é "raquítico". Segundo ele, no Brasil, os funcionários públicos correspondem a apenas 8% da População Economicamente Ativa (PEA), enquanto que, em outros países, a parcela é bem maior: Estados Unidos, com 18%; Europa em geral, com 25%; e os países escandinavos, com 40%.
- Os países escandinavos são um modelo de democracia, com justiça social e competitividade avançada - destacou Pochmann.
Mais tarde, em conversa com jornalistas, Pochmann defendeu a reforma do Estado, não apenas qualitativamente, mas também em quantidade. Ele lembrou que, nos últimos 20 anos, o país perdeu 2,5 milhões de funcionários públicos. As estatais, acrescentou, quando foram privatizadas, demitiram cerca de 500 mil servidores.
O economista afirmou que sequer há pessoal suficiente para gerir o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC):
- Precisamos ter gente preparada para lidar com o desenvolvimento. Este é um país em construção - disse o novo presidente do Ipea.



