
O economista Marcio Pochmann historicamente ligado ao PT está há dois anos há frente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e mudou o rumo das pesquisas desde que assumiu. Ele enfrentou críticas por "aparelhar" o órgão e, principalmente, por ter mudado o comando de cinco das seis diretorias e da área de macroeconomia, no Rio de Janeiro, logo após ter assumido a presidência.
Na mesma época, Pochmann ainda afastou quatro economistas, críticos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerados neoliberais e não alinhados ao pensamento econômico do governo, caracterizado pelo "desenvolvimentismo". Os economistas afastados foram Fabio Giambiagi, Otávio Tourinho, Gervásio Rezende e Regis Bonelli.
Pochmann anunciou que mudaria o rumo das pesquisas do Ipea já em sua posse. "Temos um Estado raquítico", afirmou ele no discurso. Desde então, ele defende o fortalecimento da máquina pública e a melhoria das condições de trabalho da população para criar o desenvolvimento do país.
Pochmann, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e autor de 27 livros sobre inclusão social, desenvolvimento econômico e políticas de emprego. Já foi secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo, na gestão de Marta Suplicy. (HC)



