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Suíça abre ação penal contra Paulo Roberto Costa por lavagem

A Suíça abriu processo penal contra o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso novamente ontem no Rio e transferido hoje para Curitiba

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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso desde ontem, foi transferido do Rio de Janeiro para Curitiba nesta quinta-feira (12). Ele embarcou por volta das 9h40 da manhã no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em um voo com destino a Curitiba. A viagem, feita em um avião comercial, foi acompanhada por dois agentes da Polícia Federal do Paraná, que se deslocaram ao Rio para buscar Costa.

O ex-diretor chegou à superintendência da PF em Curitiba por volta das 13h20, entrando por uma porta lateral, sem ser notado pela imprensa.

Costa foi preso novamente ontem à tarde pela PF, por decisão do juiz federal Sérgio Moro, em decorrência das investigações da Operação Lava Jato, sob a justificativa de que ele controla US$ 23 milhões (R$ 51,3 milhões) em contas secretas na Suíça e que poderia fugir. Ele já havia sido preso em março pela PF, sob acusação de tentar ocultar provas.

Os valores atribuídos ao executivo, suas duas filhas e seus genros foram bloqueados pelas autoridades daquele país por causa da suspeita de que se trata de dinheiro de corrupção, de acordo com comunicado do Ministério Público suíço enviado para procuradores brasileiros.

O dinheiro está distribuído em 12 contas, abertas em cinco bancos em nome de empresas com sede em paraíso fiscal, segundo informações do Ministério Público suíço.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, realizada em 30 de maio, Paulo Roberto Costa negou que tivesse contas no exterior. Os suíços bloquearam também US$ 5 milhões (R$ 11,2 milhões) de uma conta atribuída ao doleiro Alberto Youssef, mas que estava em nome de um "laranja" dele. O doleiro é acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

O advogado Nelio Machado, que defende Paulo Roberto Costa, disse que a prisão do ex-diretor da Petrobras "é absolutamente ilegal e totalmente desnecessária", já que seu cliente vai responder a todas as demandas da Justiça e jamais cogitou fugir. Ele afirmou que vai recorrer contra a decisão do juiz Sergio Moro, mas ainda estuda o instrumento legal que usará.

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