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Celas usadas pelos presos da Lava Jato no Complexo Médico Penal de Pinhais | Heuler Andrey/Metro Curitiba
Celas usadas pelos presos da Lava Jato no Complexo Médico Penal de Pinhais| Foto: Heuler Andrey/Metro Curitiba

Os réus da Operação Lava Jato detidos no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, tiveram autorização para receber de travesseiros ortopédicos a produtos sem glúten em suas celas. Os pedidos, feitos com a apresentação de receitas médicas, foram autorizados pelo Departamento de Execução Penal do Paraná. Hoje, doze presos da Lava Jato dividem cinco celas da unidade.

Presos da Lava Jato dividem banheiro coletivo e têm uma hora de banho de sol

No Complexo Médico Penal, detentos não têm regalias, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A pasta, inclusive, não exclui a possibilidade de eles virem a compartilhar celas com demais presos

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O operador Fernando Baiano, apontado como o homem do PMDB no esquema, tem sérias restrições alimentares. Seus médicos recomendaram uma dieta à base de frutas e sem glúten, além de uma série de complexos vitamínicos.

Outro operador, Mário Góes, tem o “cólon irritável”, segundo seus médicos. Para isso, foi receitado a ele damascos secos e uma porção diária de iogurte ou leite “Molico”. Para minimizar as dores lombares, a direção do presídio autorizou ainda um travesseiro especial e uma bolsa de água quente. Adir Assad, também apontado como operador, também teve um travesseiro autorizado.

Os presos respondem a processos por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e fraudes em licitações da Petrobras. Esses crimes, segundo o Ministério Público Federal, foram cometidos para abastecer o caixa de partidos políticos da base aliada do governo.

  • Ao menos uma van e um micro-ônibus foram usados na transferência dos 12 presos
  • Veículos que levaram os presos chegam à superintendência da PF em Curitiba
  • Transferência dos detentos começou por volta das 8 horas
  • O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, é um dos transferidos nesta terça-feira (24)
  • Na segunda-feira (23), Duque virou réu em mais uma ação relacionada à operação Lava Jato
  • Escoltado, micro-ônibus com investigados da Lava Jato deixa a superintendência da PF em Curitiba

Até o final de março, os presos estavam na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. A pedido da Polícia Federal, que alegou falta de espaço por conta das novas prisões, eles foram transferidos para Pinhais. Lá, estão na ala destinada a receber presos que possuem nível superior e policiais. Atualmente, 90 pessoas estão detidas na ala de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Paraná.

Diferente da PF, onde eles tinham acesso a produtos trazidos por seus advogados e tinham banheiros privativos, em Pinhais a situação é outra. No local, é possível colocar uma televisão, mas eles não podem ter ventiladores. O acesso a livros e revistas só é possível pelo acervo da biblioteca do presídio. Em cada cela, cabem três presos.

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