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Crise

Pressionada, CPI quebra sigilo de 11 corretoras

Brasília (Folhapress) – Pressionados pelas críticas de que a CPI dos Correios estaria caminhando para acabar em "pizza", a base aliada e os oposicionistas encheram o plenário da comissão ontem e aprovaram a quebra de sigilo bancário de 11 corretoras que teriam causado prejuízos a fundos de pensão em operações de compra e venda de títulos públicos.

Contrastando com as duas últimas semanas, quando não houve quórum para votar, a CPI dos Correios teve ontem um dos mais altos índices de presença nesses quatro meses de funcionamento. Nas votações mais importantes 24 dos 32 integrantes compareceram. Foram aprovados mais de 60 requerimentos.

Segundo parecer da comissão, seis fundos de pensão patrocinados por estatais registraram prejuízo de R$ 9 milhões em negociações de títulos. A CPI investiga se essa foi uma das fontes do caixa 2 do PT, mas estava com dificuldade porque na semana passada a base aliada esvaziou o plenário, impedindo a quebra de sigilo das corretoras, responsáveis pelas operações com os fundos.

Foi aprovada pela unanimidade dos presentes a quebra de sigilo das seguintes corretoras: Elite, Socopa, Agenda, Millenium, Clicktrade, Dillon, Quantia, Nominal, Euro, Walpires e da Planer.

A CPI ainda aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de todas as empresas e sócios do grupo Bônus-Banval, que foi utilizado pelo então tesoureiro Delúbio Soares para repassar dinheiro para o PT e o PP.

Também foi quebrado o sigilo bancário, fiscal e telefônico do doleiro uruguaio Najun Turner e de sua mulher, Deuza Maria da Costa Silva. A Polícia Federal investiga se ele atuou no esquema que o publicitário Marcos Valério de Souza criou para alimentar o caixa 2 do PT.

O elo entre o doleiro e Valério seria uma empresa de Florianópolis, a Natimar, que opera no mercado de ouro e de dólar e foi usada para fazer pagamentos a deputados do PL. Turner ficou conhecido ao participar da montagem da Operação Uruguai, que tentava livrar o então presidente Fernando Collor do impeachment.

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