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Para auxiliares de Dilma, a decisão de Moro dificulta recuperação política do governo. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Para auxiliares de Dilma, a decisão de Moro dificulta recuperação política do governo.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A prisão do pecuarista José Carlos Bumlai causou preocupação ao governo e irritou petistas próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para auxiliares da presidente Dilma Rousseff, essa situação amplia ainda mais a crise, dificultando a recuperação política do governo. Para ministros ligados a Lula, a prisão desgasta o ex-presidente, que tem percorrido o país em defesa do seu governo e de sua biografia.

Sem entrar no mérito da investigação e dos motivos que levaram à prisão do pecuarista, petistas dizem que há uma clara tentativa de atingir Lula, pela proximidade dele com Bumlai. Irritados com a situação, reclamam da seletividade das prisões e afirmam que o objetivo é acabar com a reputação do ex-presidente e inviabilizar uma eventual volta ao cenário eleitoral em 2018.

A prisão do pecuarista é vista internamente como mais um degrau para se chegar a uma investigação que atinja Lula, impedindo que ele e o PT se reabilitem.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), não quis comentar nesta terça-feira a prisão de José Carlos Bumlai, pecuarista que é amigo e tinha livre acesso à sala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seus anos como presidente. O petista disse apenas que o fato em nada atrapalha o governo. “O Brasil tem amigo de todos os lados. Isso não atrapalha em nada o governo”, afirmou Guimarães.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira, a 21.ª fase da Operação Lava Jato, denominada “Passe Livre”. Na ação, Bumlai foi preso preventivamente no Hotel Golden Tulip, em Brasília. Ele iria depor na CPI do BNDES, que investiga operações envolvendo o banco, por isso viajou ao Distrito Federal. O empresário é acusado de envolvimento em fraude no contrato para a operação do navio-sonda Vitória 10.000. A prisão de Bumlai foi decretada pelo juiz Sergio Moro e o empresário chegou ao meio-dia em Curitiba.

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