Informações do blog Baixo Clero, do Jornal de Londrina, detalham a orientação para que os carros do governo do Estado continuassem sendo levado para o conserto na Providence Auto Center, mesmo que o contrato com esta oficina estivesse sendo questionado pelo Tribunal de Contas.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o “procurador” que teria dado essa orientação repassada por Delicato a Ieger é Cassiano André Kaminski, que é da Procuradoria Geral do Estado, mas está lotado no Núcleo Jurídico da Administração, na Seap.
No dia 19 de dezembro, enquanto o contrato estava suspenso, Ernâni Delicato, então diretor do Deto, telefona para Ismar Ieger, o dono “oficial” da Providence, que é considerado “laranja” de Abi. “Ismar, é o seguinte: o procurador veio agora aqui na minha mesa. Ele falou assim: Ernani faça o seguinte, como ‘tá’ (sic) a princípio suspenso o serviço com a Providence a pedido do Tribunal de Contas, não deixe no sistema mais, bloqueie, pode fazendo lá o serviço, mas bloqueie”, diz Delicato. Ieger vai apenas respondendo laconicamente.
De acordo com denúncia oferecida nesta semana pelo Gaeco, o verdadeiro dono da oficina é Luiz Abi Antoun, primo em sétimo grau do governador Beto Richa (PSDB), que teria influência no governo, apesar de não exercer nenhum cargo oficial. Ele, Delicato, Ieger e mais quatro pessoas foram denunciados sob a acusação de fraudar a licitação, que foi cancelada por decisão da 3ª Vara Criminal de Londrina, assim que foi deflagrada a Operação Voldemort, do Gaeco de Londrina.



