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Carla Pimentel (PSC) disse que foi agredida física e sexualmente por Professor Galdino (PSDB) | Lineu Filho/Tribuna do Paraná
Carla Pimentel (PSC) disse que foi agredida física e sexualmente por Professor Galdino (PSDB)| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

A vereadora Carla Pimentel (PSC) afirmou ter sido agredida pelo vereador Professor Galdino (PSDB) dentro de uma sala da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (14). A violência teria sido praticada após uma pequena discussão entre os dois e foi confirmada por cinco outros vereadores que presenciaram a cena. Depois de ser levado dentro de um carro da Guarda Municipal ao 1º Distrito Policial de Curitiba, Galdino foi encaminhado para a Delegacia da Mulher, onde vai prestar esclarecimentos sobre o caso.

Segundo informações da Polícia Civil, ele será ouvido ao longo da tarde. Os vereadores Bruno Pessuti (PSD), Jhonny Stica (PDT), Rogério Campos (PSC) - que viram Carla ser agredida - também vão prestar depoimento.

“Fui agredida física e sexualmente por um louco”, afirmou à Gazeta do Povo. “Estávamos na sala anexa dos vereadores. Começamos a falar de material de campanha das eleições e de repente ele se joga em cima de mim e me agride. Bati na parede. Se os vereadores não tivessem segurado, não sei o que seria de mim”, completou.

No Facebook, a vereadora publicou um vídeo para falar sobre o episódio. Confira abaixo:

Relatos

Segundo o relato de cinco vereadores que presenciaram a cena, ele teria pulado em cima da mesa da sala e partido para cima dela, que estava do outro lado. Os vereadores Bruno Pessuti (PSD), Jhonny Stica (PDT), Rogério Campos (PSC), Beto Moraes (PSDB) e Hélio Wirbiski (PPS) confirmam o relato de Pimentel (PSC).

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“O Galdino mostrou o santinho da propaganda política e tava falando que iria fazer 10 milhões para distribuir na cidade. Ele ofereceu um para cada um. Todo mundo pegou. A Carla também pegou. Ela pegou e disse que ia guardar. Ele falou que tudo bem, mas depois começou a falar que ela tinha que devolver. Ele pulou por cima da mesa e se jogou pra cima dela pra pegar o santinho e pra se aproveitar. Ele passou a mão nela”, afirmou Pessuti.

O vereador Paulo Rink (PR), que chegou à sala após a confusão, afirmou à reportagem que Galdino passou a mão no seio dela. “Ele pulou nela, passou a mão na cara dela, nos seios dela e desceu a mão até lá em baixo”, disse.

De acordo com o vereador Bruno Pessuti, um grupo se juntou e tirou Galdino de cima da vereadora.

A Guarda Municipal foi acionada levou o vereador Professor Galdino ao 1º Distrito Policial de Curitiba em uma Patrulha da Maria da Penha. Lá, a vereadora Carla Pimentel registrou Boletim de Ocorrência. Agora o caso está na Delegacia da Mulher.

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Outro lado

O vereador Professor Galdino nega a versão de Carla Pimentel e dos outros vereadores. “Eu não encostei nela. Ela pegou um santinho da minha mão e não quis devolver. Eu pedi o santinho e ela não quis devolver. E daí já se criou uma confusão. Os vereadores que não têm voto, estão desesperados, têm inveja, não queriam devolver. Depois eu saí. Houve muita gritaria e eu saí. Eu tava do outro lado da mesa, não encostei nela”.

O diretório municipal do PSDB também se manifestou sobre o ocorrido. Confira a íntegra da nota assinada pelo presidente do partido na cidade, Juraci Barbosa Sobrinho: “Afirmo com veemência que o PSDB de Curitiba repudia não só a falta de decoro, mas principalmente as agressões físicas, especialmente contra mulheres, motivo pelo qual já determinei ao Conselho de Ética do Diretório Municipal a abertura de processo disciplinar para apurar os fatos, que, se confirmados, resultarão na expulsão do filiado infrator. Informo também que o PSDB Mulher já encaminhou à Presidência da Comissão Executiva requerimento de apuração dos fatos, e aplicação de sanções disciplinares ao Vereador.”

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Cobrança da Corregedoria

A corregedora da Câmara Municipal, vereadora Noemia Rocha (PMDB), disse que vai receber a representação de Carla Pimentel. Ela será “juntada” à representação da Diretoria de Comunicação contra o mesmo parlamentar. “Este vereador já vem cometendo atitudes ao longo do tempo”, disse, em plenário. “Não podemos deixar de citar quando este vereador usou palavras de baixo calão e agrediu verbalmente as jornalistas da Câmara”, lembrou.

Já a vice-corregedora, vereadora Professora Josete (PT), afirmou que, normalmente, Galdino assedia servidores quando estão sozinhos, “mas hoje isso aconteceu na frente de testemunhas”.

O vereador Paulo Salamuni (PV), líder do prefeito na Casa, também fez um desagravo público à vereadora Carla Pimentel. “O meu desagravo à vereadora pela agressão que sofreu, verbal, física, moral, sexual. Não é possível. Nem a uma servidora também”, disse.

Galdino aguarda para depor acompanhado de um assessor, no 1º Distrito PolicialLineu Filho/Tribuna do Paraná

Candidatos à prefeitura de Curitiba se solidarizam com vereadora

Gustavo Fruet (PDT), que concorre à reeleição, utilizou sua conta no Twitter para prestar apoio à vereadora. “Carla foi agredida e reagiu com coragem, buscando seus direitos”, escreveu o prefeito pedindo para o empoderamento feminino seguir em pauta nas discussões. “Quando a violência de gênero se manifesta no parlamento, temos um claro sinal de que ela é ainda mais frequente em outros espaços sociais”.

Rafael Greca (PMN) ressaltou o dever que tem com as mulheres. “Respeito, espaço, empoderamento, amor. São partes de um todo. Repudio veemente a agressão e violência sofrida pela Vereadora Carla Pimentel. Não posso concordar e acredito na ação das autoridades competentes. Fiz muito e ainda farei pelas mulheres de Curitiba. O episódio entristece a alegria da campanha”, escreveu em sua conta no Facebook.

Ney Leprevost (PSD) também se solidarizou por meio de nota. Nela, o candidato cita que todos presentes na coligação repudiaram a agressão sofrida pela vereadora. Leprevost também foi até a delegacia para conversar com Carla.

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