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eleições

Programa do PT é largada da campanha, afirmam analistas

Tom de plebiscito e ligação entre Dilma e Lula dominaram publicidade. Para especialistas, governo mostra de forma clara sua estratégia

O programa do PT que foi ao ar em rede nacional na noite de quinta-feira (13) marca a largada de fato da campanha presidencial de 2010, ao expor, afirmam analistas consultados pelo G1, as linhas mestras da estratégia do governo na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A pré-candidata do PT à Presidência, a ex-ministra Dilma Rousseff, foi a estrela da propaganda partidária, de dez minutos. Ali foi associada por Lula a "grande parte do sucesso" de seu governo, e sobretudo a programas sociais como o Luz para Todos e o Minha Casa, Minha Vida.

"Foi o mais escancarado programa eleitoral que vi em uma pré-campanha. Ali está a defesa do 'ciclo Lula', a apresentação da candidata, a descrição dos principais programas do governo. Mostra uma Dilma mais humanizada, em primeiro plano, conversando com beneficiários do Luz para Todos, endeusada por Lula", disse o consultor político Gaudêncio Torquato.

Outro eixo do programa petista foi a comparação entre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). A gestão tucana, contudo, foi apresentada como "FHC e Serra", em alusão ao pré-candidato do PSDB e ex-ministro de FHC, José Serra.

"Ascensão social dos brasileiros: com FHC e Serra, insignificante. Com Lula e Dilma, 31 milhões entraram na classe média e 24 milhões saíram da pobreza absoluta", afirmava o texto.

"Esse eixo [Lula e Dilma x FHC e Serra] vai ser o grande mote da campanha. Não há dúvida de que o PT vai fazer isso. Não sabemos se o PSDB vai responder. Se não responder pode prevalecer a versão do PT", afirmou o cientista político e pesquisador do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) Marcus Figueiredo.

Embora FHC tenha defendido a comparação entre os governos, em artigo publicado em fevereiro, Serra procura por ora neutralizar a estratégia petista de transformar a eleição em plebiscito. Elogia Lula - nesta semana afirmou que o presidente está "acima do bem e do mal" -, defende a manutenção de programas sociais federais e disse até que, se eleito, pretende chamar o PT para compor seu governo.

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