Proposta de impeachment não tem racionalidade jurídica

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O ministro das Relações Institucionais e coordenador político do governo, Tarso Genro, reuniu-se individualmente nesta quarta-feira com os líderes do PSDB e do PFL no Senado, Arthur Virgílio (AM) e José Agripino Maia (RN), respectivamente. Ao deixar a liderança do PSDB, Tarso Genro reagiu aos mais recentes ataques da oposição, que voltou a defender o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- É um direito da oposição levantar essa questão. É um direito constitucional, mas não tem racionalidade jurídica, não tem racionalidade política e não tem um mínimo de apoio na população. Acho que levantar uma questão como essa é um direito da oposição, mas não tem como frutificar - disse Tarso.

Em relação à denúncia apresentada contra 40 pessoas no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, o ministro também fez questão de separar o PT de seus dirigentes acusados de envolvimento nas irregularidades.

- Não houve acusação ao PT, é bom ler a denúncia com muito cuidado. Houve acusação a indivíduos - disse o ministro, que ficou irritado com a interrupção de jornalistas:

- É um debate ou você está fazendo uma pergunta? - reagiu o ministro quando uma jornalista o interrompeu dizendo que eram indivíduos muito próximos ao presidente.

- Esse é um juízo seu, você tem que me dar oportunidade de responder - afirmou o ministro.

Para Tarso, as pessoas que estão sendo denunciadas pelo procurador terão oportunidade de se defender na Justiça. Ele destacou ainda que o procurador foi escolhido e nomeado pelo presidente Lula e que está cumprindo suas funções.

- Agora é a oportunidade para aquelas pessoas que estão se dizendo injustiçadas provarem perante a Justiça que estão sendo processadas de maneira inadequada. Todos terão oportunidade de usar de sua mais ampla defesa e, no final, aqueles que têm responsabilidade, serão responsabilizados -disse o ministro.