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Curiosamente, um dos argumentos usados foi que o PT construiu uma ditadura no Brasil | Oswaldo Corneti/Fotos Públicas
Curiosamente, um dos argumentos usados foi que o PT construiu uma ditadura no Brasil| Foto: Oswaldo Corneti/Fotos Públicas

Ato em Curitiba

Curitiba também foi palco de uma manifestação contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) durante o fim de semana. Autodenominados a nova geração dos "Caras Pintadas", cerca de 500 manifestantes se concentraram em frente à praça Santos Andrade, no Centro da capital, na tarde de sábado. Muitos deles estavam equipados com bandeiras do Brasil, faixas e cartazes com dizeres de protesto ao resultado da eleição presidencial. A camisa verde e amarela também marcou presença. "O Brasil está em luto. Vamos agir galera!", foi uma das designações usadas para apresentar o evento no Facebook.

"Boa tarde, reaças", cumprimentou ao microfone cerca de mil pessoas em São Paulo − segundo estimativa da Polícia Militar − o empresário e jornalista Paulo Martins, que foi candidato a deputado federal pelo PSC neste ano no Paraná. "É inegável que o PT constrói uma ditadura no país", acrescentou, sob fortes aplausos. O discurso, realizado em cima de um carro de som, foi feito em manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), convocado pelas redes sociais para o último sábado.

Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, o cantor Lobão defendeu a recontagem dos votos das eleições presidenciais e negou que o movimento tenha como propósito dar um novo golpe militar no país. "Não tem ninguém aqui golpista", disse ao microfone.

A caminhada foi marcada também por provocações entre simpatizantes da esquerda e da direita. Na avenida Paulista, alguns moradores de prédios da região estenderam nas janelas camisetas vermelhas e bandeiras da campanha à reeleição da presidente.

"Vai pra Cuba", gritaram os manifestantes em resposta. Eles fecharam uma das faixas da avenida.

No evento, além de pedirem a saída da petista, os manifestantes defenderam um novo golpe militar no país. "É necessário a volta do militarismo. O que vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?", criticou o investigador de polícia Sérgio Salgi, que carregava cartaz com o pedido "SOS Forças Armadas".

Mais críticas

Com cartazes e faixas, os indignados acusaram o resultado das eleições deste ano de ser a "maior fraude da história" e o PT de ser "o câncer do Brasil". "Pé na bunda dela [presidente], o Brasil não é a Venezuela", gritaram. "O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, José Dias Toffoli, é um estagiário do PT", acusou Paulo Martins.

Sob aplausos, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi apresentado ao microfone como "alguém de uma família que vem lutando muito pelo Brasil".

Em discurso, o parlamentar disse que, se seu pai fosse candidato a presidente, ele teria "fuzilado" a presidente. Segundo ele, Jair Bolsonaro será candidato em 2018 "mesmo que tenha de mudar de partido".

"Eu voto no Marcola, mas não voto na Dilma, porque pelo menos o Marcola tem palavra", disse, em referência a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos chefes da facção criminosa PCC.

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