Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Cidadania

Protestos contra a corrupção minguam por causa da chuva

Marcadas para ocorrer em 37 cidades do país, manifestações reuniram no máximo 200 pessoas em cada uma. Grupos pedem Ficha Limpa e voto aberto no Congresso

O protesto contra a corrupção marcado para ocorrer ontem em 37 cidades brasileiras não resistiu à combinação de chuva e feriadão: as maiores passeatas reuniram de 150 a 200 pessoas. Os manifestantes disseram que, mesmo assim, o valor do ato foi simbólico. Essa foi a terceira rodada de protestos do gênero: antes, os mesmos grupos haviam se encontrado no Sete de Setembro e no Dia da Padroeira, em 12 de outubro. Em Curitiba, 150 pessoas foram às ruas.

Organizado por cinco entidades da sociedade civil em redes sociais da internet, o protesto no Rio de Janeiro reuniu cerca de 150 pessoas na Cinelândia. Entre as reinvindicações do grupo estavam o voto aberto dos parlamentares no Congresso; a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas próximas eleições; e a aprovação da lei que torna a corrupção crime hediondo.

"A gente não queria que a manifestação fosse neste feriado, mas foi a data que os organizadores de todo o Brasil escolheram. Estamos fazendo apenas um ato simbólico", afirmou Cristina Mazza, do movimento Todos Juntos Contra a Corrupção.

Um boneco do personagem Pinóquio serviu de símbolo do protesto. Os organizadores fizeram ainda um varal onde foram expostas reproduções de reportagens de jornais e revistas sobre corrupção, principalmente casos envolvendo as crises dos ministérios do governo Dilma Rousseff.

Em São Paulo, onde também choveu, apenas 200 pessoas se reuniram no vão livre do Masp e saíram em passeata pela Avenida Paulista no início da tarde desta terça-feira, feriado de Proclamação da República. O problema é que a data e o local escolhidos pelos movimentos políticos coincidiu com outra manifestação.

O vão livre do Masp teve de ser dividido entre os participantes da marcha contra a corrupção e líderes e participantes de cultos afrobrasileiros que protestavam contra o Projeto de Lei 992/11, chamado Lei do Abate, que quer proibir o sacrifício de animais em rituais dessas religiões, proposto pelo deputado estadual Feliciano Filho, do PV. Os manifestantes religiosos e os participantes do ato anticorrupção acabaram saindo juntos em passeata pela Paulista.

Belo Horizonte

Apesar do tempo fechado e das pancadas de chuva, as centenas de manifestantes que foram à Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, não perderam o ânimo. Pessoas de todas as idades marcharam em torno da praça.

Na concentração na praça, representantes dos movimentos usaram um megafone para discursar e motivar os manifestantes. O tempo fechou quando um jovem que está acampado na Praça da Assembleia (como parte do movimento de ocupação de praças no mundo todo) provocou os colegas presentes: "É muito fácil gastar uma horinha no fim de semana ou no feriado aqui pra reclamar. Para derrubar o sistema de verdade, tem que acampar lá na praça, ficar com a gente", discursou sob silêncio.geral e aplausos esparsos.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.