
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, ignorou ontem o embate político com o seu sucessor petista na prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, por conta de denúncias de corrupção, e fez o primeiro anúncio de apoio oficial de um partido à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
A garantia antecipada de apoio tem como objetivo obter o prestígio da presidente para pleitear, em uma eventual vitória de Dilma, a ampliação do espaço do PSD na Esplanada, hoje limitada ao Ministério da Micro e Pequena Empresa. Outra intenção é assegurar uma boa condição de negociação dos palanques estaduais com aliados nos estados e, assim, conseguir ampliar a bancada de deputados federais, uma das prioridades da legenda para 2014.
Dilma, por sua vez, ganha um tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, estimado em um minuto e meio.
O evento ocorreu na sede do partido e teve a presença de Dilma, que comemorou a adesão. Mas evitou vinculá-lo à campanha. "Eu tenho uma obrigação: eu tenho de governar", afirmou Dilma.
Kassab também enalteceu a aliança. "Acreditamos que o melhor para o Brasil é a continuidade do governo Dilma", afirmou, ao lado de Dilma. Nenhum dos dois quis comentar os problemas dos dois partidos em São Paulo.



