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Cunha Lima: eleição iria garantir legitimidade ao novo presidente. | Waldemir Barreto/Agência Senado
Cunha Lima: eleição iria garantir legitimidade ao novo presidente.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

impeachment arquivado

Numa manobra para mostrar que não está articulando a cassação de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, arquivou nesta quinta-feira (6) 4 dos 14 pedidos de impeachment apresentados na Casa contra a presidente

Diante do agravamento da crise política por que passa o governo da presidente Dilma Rousseff, parlamentares da oposição defenderam nesta quinta-feira (6) a convocação de novas eleições como uma solução para recuperar a estabilidade política e econômica

Para eles, a pressão popular pode ser capaz de levar a uma renúncia de Dilma e do vice-presidente Michel Temer. “O PSDB continua na defesa da soberania do voto popular, da necessidade de encontrar na nação e no nosso povo, através da legitimidade do voto, a escolha de um novo governo para que possamos tirar o país da crise”, afirmou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

A oposição aposta em duas possíveis hipóteses que podem levar ao fim do governo Dilma. Uma delas seria a cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que analisa irregularidades durante as eleições de 2014. E a outra seria uma forte pressão social pela renúncia dos dois. Se o primeiro caso se confirmar, o tribunal teria que convocar novas eleições em três meses.

Entre os que apostam nessa saída, pelo TSE, está a ala do PSDB ligada ao senador Aécio Neves (MG), que acredita que ele poderia vencer o novo pleito graças à lembrança do seu nome pelo eleitorado, jpa que disputou a eleição do ano passado. O mineiro também seria beneficiado em caso de renúncia.

Em entrevista convocada para anunciar a estratégia, Cunha Lima rejeitou a tese de que novas eleições poderiam representar um golpe justamente porque a escolha do novo presidente teria a legitimidade das urnas. Os tucanos apostam que as manifestações marcadas para o dia 16, quando o impeachment de Dilma será defendido nas ruas, podem ser aproveitadas para disseminar a tese.

O posicionamento da oposição também é uma forma de dizer “não” ao apelo feito por Temer na quarta-feira (5) em que pediu unidade “acima do governo e dos partidos políticos”. Responsável pela articulação do governo com o Congresso, o peemedebista reconheceu o agravamento da crise política e disse que o país precisa de “alguém [que] tenha a capacidade de reunificar a todos”.

“Concordamos com Michel Temer sobre a necessidade de encontrar alguém capaz de unir o país para sair da crise e ao mesmo tempo também tenho o convencimento da necessidade de que isso só se constrói através de eleições diretas, onde a sociedade, pelo voto soberano de cada brasileiro, garantirá a legitimidade que é indispensável para que possamos unificar o país”, afirmou Cunha Lima.

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