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Por provocação

PSDB promete ingressar com ação por quebra de decoro contra André Vargas

Um dos principais críticos do julgamento do mensalão, Vargas repetiu por diversas vezes, no plenário da Câmara, o gesto de erguer o punho cerrado, adotado por condenados do mensalão

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), deve ingressar nesta terça-feira (4) na Corregedoria com uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), pelas provocações do petista ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, durante a sessão de reabertura dos trabalhos do Congresso, realizada na segunda-feira (3).

Um dos principais críticos do julgamento do mensalão, Vargas repetiu por diversas vezes, no plenário da Câmara, o gesto de erguer o punho cerrado, que foi adotado pelo ex-presidente do PT José Genoino e o ex-ministro José Dirceu no momento de suas prisões. O petista estava sentado ao lado de Barbosa na Mesa da cerimônia.

Em uma troca de mensagens pelo celular revelada hoje pelo o jornal O Estado de S. Paulo, Vargas ainda sugeriu que gostaria de dar "uma cotovelada" no ministro. A mensagem foi confirmada pela assessoria do petista à Folha de S.Paulo.

Vargas ainda tentou fazer um 'selfie' tirar foto de si mesmo enquadrando Barbosa ao lado e fez vídeos durante a cerimônia. O PSDB argumenta que Vargas feriu o Código de Ética da Câmara que determina "tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadão com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo de igual tratamento".

"Fiquei estarrecido, chocado. Foi inacreditável. Nós estamos estudando ainda a representação para não fazer nada precipitado, mas vamos representar", disse Imbassahy à Folha. "Foi um gesto provocativo jamais visto. Ele não estava ali apenas como deputado, mas estava como vice-presidente da Câmara, representando a instituição. Além do gesto [punho cerrado erguido], que fica no simbolismo, teve essa troca de mensagem insinuando a cotovelada. Inaceitável essa postura depõe contra o Congresso", completou.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que não ter uma avaliação sobre uma representação contra Vargas ter potencial para avançar na Casa. "Foi um gesto pessoal dele, uma manifestação pessoal e não tenho esse julgamento não", disse. Alves disse que não percebeu a atitude do colega durante a cerimônia. "Só fui ver hoje pelos jornais. Estava de lado. não percebi", afirmou.

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