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PSDB quer ser aceito pelo PT, afirma Serra

José Serra (PSDB), ex-governador de São Paulo | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
José Serra (PSDB), ex-governador de São Paulo (Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)
Falcão comandará o PT na eleição de 2014 |

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Falcão comandará o PT na eleição de 2014

No momento em que o senador Aécio Neves (MG) articula com o PSDB a antecipação da escolha do seu nome como candidato do partido à Presidência em 2014, o ex-governador José Serra, que também pleiteia a vaga, decidiu contra-atacar. Ele endureceu as críticas ao partido e censurou indiretamente o rival mineiro. E chegou a dizer que o PSDB tem necessidade de "ser aceito pelo PT".

O tucano usou o termo "bovarismo", em referência ao romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert, para descrever o que classificou como um dos principais problemas da legenda da qual é fundador. "Me desculpem as mulheres, porque é mais complexo que isso, mas a madame Bovary queria ser aceita pelo outro. Ela vai à loucura, quebra a família, trai o marido com Deus e o mundo para ser aceita. E o PSDB tem um pouco de bovarismo, de precisar ser aceito pelo PT", disse Serra durante palestra para cerca de 60 pessoas em São Paulo, na sexta-feira à noite.

Para Serra, o PSDB não conseguiu estabelecer uma estratégia de embate efetivo ao governo federal. Segundo o ex-governador paulista, quando o PT fez o leilão do campo de Libra no pré-sal, o argumento usado pelos tucanos não foi correto. "O PT faz um leilão mal feito como o do campo de Libra. E o que faz o PSDB? Sai dizendo: ‘Olha aí, eles [petistas] sempre foram contra a privatização e agora estão fazendo a privatização’. Isso dá voto? Nenhum", disse Serra.

O paulista disse ainda que, no PSDB, "se confunde o fato de que a economia deve ser aberta com a ideia de que o mercado vai resolver tudo": "É um desvio do mercadismo". Serra afirmou ainda ser um erro fazer uso do "regionalismo" para pautar decisões pré-eleitorais. "A questão regionalista acaba pesando e se supõe que um partido como o PSDB possa transcender essas questões para que esses instrumentos não sejam usados nas lutas internas."

As declarações de Serra vieram como uma resposta à movimentação recente de Aécio, que se reuniu com líderes tucanos para discutir uma possível antecipação do lançamento de sua candidatura ao Planalto.

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