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Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi acusado usar empresa para repassar recursos para o exterior. | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi acusado usar empresa para repassar recursos para o exterior.| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

A direção do PSDB vai tratar o caso das denúncias feitas pela jornalista Mirian Dutra , que teve um relacionamento extra conjugal com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como um caso de caráter eminentemente pessoal, um drama familiar.

No caso da acusação de que ele teria usado uma empresa – a Brasif – para repassar recursos para mantê-la na Europa, os tucanos estão preparados para o embate com os adversários no campo político.

Hoje o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e outras lideranças do partido conversaram com o ex-presidente por telefone e relataram que ele está chateado, mas sereno.

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Nas conversas, FH negou repasses através da empresa citada e repetiu que custeou despesas da jornalista, os estudos do filho e a compra de um apartamento para o rapaz, em Barcelona, com recursos próprios .

“Ainda esse mês Fernando Henrique pagou a faculdade do Thomás, com recursos próprios. Até onde sabemos a jornalista morava no exterior e foi contratada por uma empresa. Mas se ela fez um contrato com essa empresa, esse é uma coisa de caráter pessoal, dela”, disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB)

O líder tucano informou que o filho de Mirian, Thomás Dutra, também teria ligado hoje para se solidarizar com Fernando Henrique . “Fernando Henrique reconheceu o filho apesar dos exames de DNA negativos, manteve suas despesas as expensas através de contas legais e declaradas. Trata-se de trazer para o ambiente do crise dores familiares. É a primeira vez que isso é tratado dessa forma na imprensa. Mesmo no caso de Rosemary Noronha, o assunto sempre foi tratado como sendo ela uma amiga íntima de Lula, nunca nesse nível”, disse Cássio Cunha Lima.

Há entre os tucanos a suspeita de que a jornalista foi convencida pelos adversários a fazer as denúncias num momento de crise para polarizar e tirar o foco do ex-presidente Lula. E isso está sendo investigado extraoficialmente.

“É no mínimo estranho ela falar justo agora, depois de 35 anos de silêncio, no momento em que o país vive as atuais circunstâncias. Mas isso se revela com o tempo, nada fica escondido”, disse Cássio.

A direção nacional do PSDB acompanhará o caso a distância, prestando apoio e solidariedade a Fernando Henrique . Mas segundo Cássio, se os adversários partirem para o embate político usando o assunto para desgastá-lo, os líderes do partido entrarão em campo para defendê-lo.

“Nunca misturamos assuntos pessoais de nossos adversários no embate político. Mas se tiver provocação, estamos prontos para fazer a disputa com qualquer arma”, diz Cássio.

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