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“Com certeza, o governo Dilma é de continuidade política do atual governo, mas não necessariamente com as mesmas pessoas", Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais | Antônio Cruz / Agência Brasil
“Com certeza, o governo Dilma é de continuidade política do atual governo, mas não necessariamente com as mesmas pessoas", Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais| Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

FARC dizem que eleição da petista aumenta chance de paz no continente

As Forças Armadas Revolu­­­cionárias da Colômbia (Farc) saudaram a eleição de Dilma Rousseff (PT) como presidente do Brasil. Em comunicado divulgado ontem no site da Agência de Notícias Nova Colômbia (ANNCOL), o comando das Farc elogia a eleição, "pela primeira vez na história do Brasil, de uma presidenta". Dilma é descrita pelas Farc como "uma mulher ligada sempre à luta pela justiça".

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Erros no Enem reduzem chances de Haddad ficar no MEC

Os dois anos de sucessivas falhas na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não só desgastaram o ministro da Edu­­cação, Fernando Haddad, preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para continuar à frente da pasta no governo Dilma Rousseff, como abriram espaço para que outros candidatos disputem a vaga.

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Brasília - O PT deu início a uma estratégia de mandar recados a dirigentes de partidos aliados para avisar que até mesmo caciques poderão perder suas vagas no ministério durante a transição do governo de Lula para o de Dilma Rousseff. A explicação que está sendo dada é de que o governo que começa em 2011 não pode ter "cara de velho". "Tem que mudar os nomes, senão fica com cara de governo velho. É um governo de continuidade, mas não pode ser igual ao do Lula", disse ontem a repórteres, sob condição do sigilo de seu nome, um dos petistas ligados à cúpula do governo de transição.

O recado é praticamente o mesmo dado pelo ministro das Relações Institucionais de Lula, Alexandre Padilha, durante entrevista ao programa "Bom dia, ministro". "Com certeza, o governo Dilma é de continuidade política do atual governo, mas não necessariamente com as mesmas pessoas", disse Padilha. "A presidente vai compor um governo com seu perfil", afirmou.

As mensagens têm endereço certo: os dirigentes partidários que pleitearam a manutenção dos espaços que ocupam atualmente na Esplanada. Vários deles fizeram a reivindicação a José Eduardo Dutra, presidente nacional do PT, escalado por Dilma para fazer a interlocução do governo de transição com os partidos aliados.

Não é segredo, por exemplo, que o PR se movimenta para reconduzir o presidente nacional da sigla, senador Alfredo Nascimento (AM), ao comando do Ministério dos Transportes. Da mesma forma, o PDT deseja manter no posto o presidente da legenda e ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Já o PMDB gostaria de preservar o ministro Wagner Rossi – da cota pessoal do vice-presidente eleito, Michel Temer – na pasta da Agricultura. Também o senador reeleito Edison Lobão (PMDB-MA) é cotado para reassumir o Ministério de Minas e Energia.

Para o petista ligado ao governo de transição, porém, no caso de "ministérios periféricos" – que não compõem o núcleo duro do poder (como Fazenda, Planejamento e Casa Civil) –, não se justifica manter o mesmo ministro, ainda que o órgão permaneça sob comando da mesma legenda. Assim, por exemplo, o Ministério do Trabalho deve até continuar com o PDT. Mas o partido precisaria indicar outro titular para a pasta, em substituição a Lupi.

A eventual permanência dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, nos respectivos cargos, não seguiria a mesma lógica. A justificativa é de que não se tratam de pastas periféricas, mas de postos estratégicos. Segundo ele, se esses quadros do PT demonstraram competência e lealdade à frente dos cargos, e desfrutarem da confiança da presidente eleita, deveriam continuar onde estão.

Temer

Michel Temer relativizou ontem os rumores que circulam no Brasil sobre a possível permanência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no governo Dilma. E também disse não acreditar nos boatos de que a ausência do chanceler Celso Amorim na viagem de Lula e Dilma a Seul, para participar do G-20, indicaria que estaria descartado pela presidente eleita.

"Eu não acredito muito nessas chamadas ‘mensagens’, ou seja, a de que a presidente Dilma foi com Mantega, mas não foi com Amorim, e que isso significaria de que o Amorim está descartado", disse Temer em conversa com os correspondentes brasileiros em Buenos Aires.

"Não me parece... eu não consigo fazer essas leituras. Essas coisas evoluem tanto ao longo das discussões sobre a ocupação dos ministérios, que nem sei se Mantega vai continuar e nem sei se Amorim será descartado", afirmou o vice-presidente eleito.

Temer também indicou que sua recente proposta de manter o atual mapa dos ministérios foi apenas uma "sugestão". "O que eu fiz foram sugestões. A primeira delas foi a de manter o quadro tal como está. A segunda sugestão foi a de que, se houvesse uma necessidade de modificação, teria que ser feita uma espécie de compensação. Mas foi uma sugestão. Não significa que seja uma decisão", disse.

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