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Eleição 2012

PT decide apoiar Fruet para prefeito

Militância foi às urnas e por 57% dos votos decidiu que petistas não terão candidato a prefeito de Curitiba em 2012

Gustavo Fruet: tentando cassação de adversário. | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Gustavo Fruet: tentando cassação de adversário. (Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo)
Dr. Rosinha (PT-PR) |

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Dr. Rosinha (PT-PR)

Os militantes do PT em Curitiba decidiram ontem em eleição interna que o partido deve apoiar a candidatura a prefeito de Gustavo Fruet (PDT). Petistas da ala Construindo um Novo Brasil, como os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que costuraram a aliança, conseguiram fazer prevalecer a tese de que o partido ganha mais força ao apoiar o pedetista do que lançando candidatura própria.

O placar da votação, contudo, foi apertado, com 57,2% dos 1,9 mil eleitores preferindo a aliança com o PDT. No total, 1.093 filiados apoiaram a coligação com Fruet e 817 preferiram a candidatura própria.

A eleição interna definiu a proporcionalidade no número de delegados que cada ala poderá enviar ao encontro do partido, no fim do mês, que decidirá formalmente sobre o apoio a Fruet. Com o resultado da votação, a ala que defende a coligação com o PDT terá direito de indicar 172 dos 300 delegados.

Os militantes que defendem a coligação alegam que o PT não tem um candidato com chances reais para concorrer. E dizem que a eleição de um aliado facilitaria a candidatura de um possível governador petista em 2014.

Responsabilidade

Fruet declarou ainda na noite de ontem que a decisão petista de apoiá-lo "aumenta a responsabilidade" que tem no processo eleitoral. Diante do fato de que no dia 28 de abril os delegados indicados ainda vão oficializar a posição do PT ele evita dar como absolutamente certa a coligação.

O deputado estadual Tadeu Veneri, que pretendia se candidatar à prefeitura de Curitiba pelo PT, reconhece que a derrota na eleição interna foi por um porcentual superior ao esperado. "A gente esperava ter uns 950 votos e conseguimos 817. Muita gente deixou de votar", diz. Dos 2,6 mil filiados aptos a participar da eleição, 1,9 mil compareceram às urnas. "Mas não foi fácil para lado nenhum. Foi preciso fazer campanha de verdade", conta.

Pelo Facebook, o deputado federal Dr. Rosinha, também pré-candidato pelo PT, disse que o trabalho se concentrará agora em tentar mudar a opinião de ao menos 23 delegados indicados pela ala pró-Fruet.

Força ministerial

Os ministros Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo estiveram em Curitiba e reafirmaram que a aliança com o PDT já no primeiro turno faz parte da "estratégia nacional" do partido. Bernardo afirmou que a aliança é a melhor forma de fortalecer o PT no estado, sem "a politica restritiva" de alianças que teria prejudicado o partido em outras eleições. "O mesmo pessoal que briga, no bom sentido, contra as alianças facilitou que o então candidato a prefeito Beto Richa (PSDB) pudesse fazer aquela grande votação em 2008", comparou. Bernardo disse ainda que acordo com Fruet e o PDT inclui apoio recíproco para as eleições ao governo do estado em 2014.

O ministro garantiu que teve carta branca do ex-presidente Lula para negociar a aliança em uma conversa de uma hora com o ex-presidente na semana passada em São Paulo.

Para Gleisi, a candidatura própria era importante no início da vida pública do PT, mas que hoje, depois de três mandatos no governo federal, "o mas importante é consolidar o projeto da legenda a longo prazo".

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