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PT diz que mídia tenta criminalizar o partido e apoia lei argentina

Cúpula da legenda diz que houve “campanha feroz” contra os petistas nas eleições municipais deste ano e pede democratização da mídia

João Paulo: ex-presidente da Câmara dos Deputados foi condenado pelo STF no caso do mensalão | Jorge Araújo/Folhapress
João Paulo: ex-presidente da Câmara dos Deputados foi condenado pelo STF no caso do mensalão (Foto: Jorge Araújo/Folhapress)

Em resolução sobre as eleições municipais divulgada ontem, o diretório nacional do PT acusa a mídia brasileira e a oposição de promoverem uma "campanha feroz" para criminalizar o partido no país. No documento, o comando do PT defende a "democratização da comunicação social" para evitar que a mídia influencie no processo eleitoral – como a cúpula petista diz ter ocorrido na disputa municipal de outubro.

"O resultado foi obtido em meio a uma feroz campanha promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo é o de criminalizar o PT. A voz do povo nas urnas suplantou, mais uma vez, os que vaticinavam o desaparecimento do Partido dos Trabalhadores", diz a resolução, aprovada em reunião do diretório nacional que continua hoje.

O diretório nacional do PT também divulgou resolução de apoio à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por ter aplicado no país Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, conhecida como Lei de Mídia, que atinge o grupo argentino de imprensa Clarín.

Na resolução, o PT diz que a lei contribui para "ampliar a liberdade de expressão". "O Partido dos Trabalhadores defende a adoção, no Brasil, de medidas previstas na Constituição de 1988 e à espera de regulamentação, que impeçam a existência de monopólios, especialmente a concentração de rádios e TVs nas mãos de poucas empresas", diz o texto.

O PT afirma que, por esse motivo, acompanhou a decisão do governo e do Congresso da Argentina de aprovar a Lei de Mídias.

"Ao contrário do que afirmam setores da mídia brasileira, a nova legislação argentina contribui para ampliar a liberdade de expressão e aprofundar as transformações democráticas e sociais implementadas pelos governos Nestor e Cristina Kirchner", diz a nota.

Na resolução, o partido diz ainda que a "liberdade de expressão, o pluralismo e a tolerância" são "componentes fundamentais" da democracia "especialmente neste momento da história em que a comunicação de massas adquiriu imensa influência".

A lei adotada na Argentina determina que os grupos que excedam o número de 24 licenças e que atuem tanto em TV aberta como em TV paga vendam o excedente, o que obrigaria o Clarín a se desfazer de várias de suas concessões.

Condenado, João Paulo fala que jornais são cruéis com PT

O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado pelo mensalão, disse ontem que a história vai julgar a "crueldade e a injustiça" que o PT sofre por parte da mídia. "O que se faz com o PT hoje na imprensa é de uma injustiça e de uma crueldade. A história julgará", disse.

João Paulo participou de evento promovido pelo PT paulista com prefeitos e vereadores eleitos no estado. Ele foi muito aplaudido durante os 25 minutos de discurso. De acordo com ele, "a imprensa separa o joio do trigo e publica apenas o joio". "Daqui a 50, 60 anos, um aluno de história vai estudar esse período da primeira década do século 21 e vai pegar os jornais e perguntar o que aconteceu. Os jornais falam uma coisa e a vida do povo diz outra coisa", disse.

O deputado também disse que a imprensa está sendo desrespeitosa com o ex-presidente Lula, ao contrário da forma como trata Fernando Henrique Cardoso. "Chegam a ser cruéis com o Lula."

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